Prova Comentada Língua Portuguesa MP SC Promotor

Prova Comentada Língua Portuguesa MP SC Promotor

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Olá, pessoal, tudo certo?!

Em 17/03/2024, foi aplicada a prova objetiva do concurso público para o Ministério Público do estado de Santa Catarina. Assim que encerrada, nosso time de professores elaborou o gabarito extraoficial, que, agora, será apresentado juntamente com a nossa PROVA COMENTADA.

Este material visa a auxiliá-los na aferição das notas, elaboração de eventuais recursos, verificação das chances de avanço para fase discursiva, bem como na revisão do conteúdo cobrado no certame.

Desde já, destacamos que nosso time de professores identificou 1 questão passível de recurso e/ou que deve ser anulada, por apresentarem duas ou nenhuma alternativa correta, como veremos adiante. No tipo de prova comentado, trata-se da questão 25.

De modo complementar, elaboramos também o RANKING do MP-SC, em que nossos alunos e seguidores poderão inserir suas respostas à prova, e, ao final, aferir sua nota, de acordo com o gabarito elaborado por nossos professores. Através do ranking, também poderemos estimar a nota de corte da 1º fase. Essa ferramenta é gratuita e, para participar, basta clicar no link abaixo:

Além disso, montamos um caderno para nossos seguidores, alunos ou não, verem os comentários e comentar as questões da prova:

Por fim, comentaremos a prova, as questões mais polêmicas, as possibilidades de recurso, bem como a estimativa da nota de corte no TERMÔMETRO PÓS-PROVA, no nosso canal do Youtube. Inscreva-se e ative as notificações! Estratégia Carreira Jurídica – YouTube

Confira AQUI as provas comentadas de todas as disciplinas!

O texto a seguir se refere às questões 1 a 10.

No mínimo, as tecnologias deveriam ser desenvolvidas para atender às necessidades de todas as pessoas, sem distinção alguma. No entanto, o Grupo de Pesquisa em Acessibilidade Digital, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, concluiu que, apesar do escasso número de avaliações dos usuários com deficiência visual ou condições oculares – fotofobia, daltonismo, baixa visão – em aplicativos, os feedbacks são suficientes para revelar falhas graves nas usabilidades dos aplicativos. Geralmente, as avaliações são utilizadas para aprimorar o refino das interfaces, ou para que os desenvolvedores projetem um novo software.

“As avaliações não são suficientes numericamente. Imagina só, você tem um aplicativo com um bilhão de downloads. Mas, só há 300 pessoas questionando sobre acessibilidade. Por mais que deem feedbacks, as empresas responsáveis por essas tecnologias não priorizarão adotar novas posturas”, explica Marcelo Eler, coordenador da pesquisa e professor da EACH. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 36 milhões de pessoas no mundo são cegas e outras 217 milhões têm baixa visão. No Brasil, a ausência de dados atualizados por meio do Censo prejudica estimar atualmente dados mais precisos.

O estudo é resultado das pesquisas de doutorado de Alberto de Oliveira e Paulo dos Santos, do Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Informação (PPgSI) da EACH, sob a orientação de Marcelo. Além disso, a pesquisa teve a colaboração de Wilson Júnior e Danilo Eler, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), e Wajdi Aljedaani, da Universidade do Norte do Texas (UNT), nos Estados Unidos. Eles observam que é “preciso que o mecanismo de avaliações seja explorado para deixar evidente às empresas que os problemas de usabilidade existem, importam e têm consequências sérias” […].

“Para as pessoas sem deficiência, alguns comentários avaliando positivamente, solicitando melhorias, ou expondo alguma reclamação, podem parecer um detalhe ou uma frescura. E não é! A ausência de interfaces acessíveis impede as pessoas de serem autónomas, pois precisarão de alguém para auxiliá-las, como, por exemplo, num pedido de entrega de alimentos”, explica Marcelo ao mencionar a necessidade de evidências empíricas para romper com esses preconceitos ou atitudes capacitistas, ou seja, discriminação as pessoas com alguma deficiência.

Texto: Danilo Queiroz. (Disponível em: https://jornal.usp.br/diversidade. Adoptado.)

QUESTÃO 01. Produzindo um efeito contrastivo no enunciado em que está inserido, observa-se o emprego do termo “Mas” (2º§) na quebra de expectativa criada pela proposição anterior.

Comentários

O item está certo.

A questão trata do tema conjunções.

A conjunção “mas” é adversativa. Logo, seu efeito é, de fato, contrastivo, pois quebra a expectativa criada pela proposição anterior.

QUESTÃO 02. A forma verbal destacada no período “Geralmente, as avaliações são utilizadas para aprimorar o refino das interfaces, ou para que os desenvolvedores projetem um novo software.” (1º§) exprime um fato futuro já concluído em relação a outro fato futuro.

Comentários

O item está errado.

A questão trata do tema verbo.

A forma verbal “projetem” está no tempo verbal presente do subjuntivo; logo, exprime uma possibilidade futura, e não um fato futuro já concluído.

QUESTÃO 03. De acordo com o tipo de sujeito e a expressão que assume tal função em “No entanto, o Grupo de Pesquisa em Acessibilidade Digital, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, concluiu que, […]” (1º§) pode-se afirmar que é facultada a concordância do verbo com tal sujeito, podendo ser empregado no singular ou no plural.

Comentários

O item está errado.

A questão trata do tema concordância verbal.

O núcleo do sujeito é o termo “grupo”, que está no singular; logo, o verbo “concluir” deverá com ele concordar, ficando, também, no singular (“concluiu”).

QUESTÃO 04. No trecho “[…] outras 217 milhões têm baixa visão.” (2º§), o termo “outras” poderia ser substituído por “outros”, estabelecendo concordância com o substantivo masculino “milhões”.

Comentários

O item está certo.

A questão trata do tema concordância nominal.

O núcleo do sujeito é o termo “milhões”; logo, o termo “outros” deve com ele concordar, ficando no masculino plural.

QUESTÃO 05. No segundo parágrafo, o emprego de aspas em: “As avaliações não são suficientes numericamente. Imagina só, você tem um aplicativo com um bilhão de downloads. Mas, só há 300 pessoas questionando sobre acessibilidade. Por mais que deem feedbacks, as empresas responsáveis por essas tecnologias não priorizarão adotar novas posturas” indica expressão de autoria alheia, ainda que esteja incorporada ao discurso do autor do texto.

Comentários

O item está certo.

A questão trata do tema pontuação.

Percebe-se que no trecho há o uso do discurso direto; ou seja, as aspas funcionam como forma de citação direta de discurso alheio.

QUESTÃO 06. A correção gramatical seria preservada se o trecho “No mínimo, as tecnologias deveriam ser desenvolvidas para atender às necessidades de todas as pessoas, sem distinção alguma.” (1º§) fosse substituído por “No mínimo, as tecnologias deveriam ser desenvolvidas com o fim de atender à todos os indivíduos e suas necessidades, sem quaisquer restrição.”

Comentários

O item está errado.

A questão trata do tema crase.

Não é possível a utilização de crase antes de termos no masculino. Como o termo “todos” é pronome indefinido que está no masculino plural, não é possível utilizar crase antes dele.

Logo, na substituição proposta pelo item, a correção gramatical não fica preservada.

QUESTÃO 07. Em caso de omissão do sinal grave indicador de crase em “[…] seja explorado para deixar evidente às empresas que os problemas de usabilidade existem […]” (3º§), haveria desvio gramatical, considerando-se como termo regente o vocábulo “evidente”.

Comentários

O item está certo.

A questão trata do tema crase.

A utilização da crase, no trecho acima, é obrigatória em razão da regência nominal do termo “evidente”, o qual exige preposição.

Logo, a omissão do sinal indicador de crase, de fato, ocasionaria desvio gramatical.

QUESTÃO 08. No período destacado a seguir “Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 36 milhões de pessoas no mundo são cegas e outras 217 milhões têm baixa visão.” (2º§), entre as ocorrências de acento gráfico, há uma que é justificada por motivo relacionado à concordância verbal estabelecida.

Comentários

O item está certo.

A questão trata do tema acentuação.

O verbo “ter” deve concordar com o núcleo do sujeito “milhões”, que está no plural.

Neste caso, a gramática prevê que o plural da forma verbal “tem” é feito com a utilização do acento circunflexo, resultando na forma verbal “têm”.

QUESTÃO 09. No primeiro parágrafo, o emprego do termo “para” em mais de uma ocorrência no desenvolvimento textual tem como função indicar um efeito visado em relação a informação antecedente.

Comentários

O item está certo.

A questão trata do tema preposição.

No primeiro parágrafo, a preposição “para” traz a ideia de “finalidade” em mais de uma ocorrência. Ressalte-se que a expressão “efeito visado” equivale ao termo “finalidade”.

As ocorrências são as seguintes: “No mínimo, as tecnologias deveriam ser desenvolvidas para atender às necessidades de todas as pessoas, sem distinção alguma.” e “Geralmente, as avaliações são utilizadas para aprimorar o refino das interfaces, ou para que os desenvolvedores projetem um novo software.”

QUESTÃO 10. No trecho “[…] explica Marcelo ao mencionar a necessidade de evidências empíricas para romper com esses preconceitos ou atitudes capacitistas, ou seja, discriminação às pessoas com alguma deficiência.” (4º§), “esses” têm como função referenciar atitudes citadas anteriormente que indicam julgamentos acerca de pessoas com deficiência.

Comentários

O item está certo.

A questão trata do tema pronomes.

O pronome “esses” tem função anafórica, retomando o que o autor diz na segunda linha do parágrafo: “(…) podem parecer um detalhe ou uma frescura.”

O texto a seguir se refere às questões 11 a 15.

Trecho do conto Feliz Aniversário, de Clarice Lispector.

A família foi pouco a pouco chegando. Os que vieram de Olaria estavam muito bem vestidos porque a visita significava ao mesmo tempo um passeio a Copacabana. A nora de Olaria apareceu de azul-marinho, com enfeito de paetês e um drapejado disfarçando a barriga sem cinta. O marido não veio por razões óbvias: não queria ver os irmãos. Mas mandaram sua mulher para que nem toso os laços fossem cortados – e esta vinha com seu melhor vestido para mostrar que não precisava de nenhum deles, acompanhada dos três filhos: duas meninas já de peito nascendo, infantilizadas em babados cor-de-rosa e anáguas engomadas, e o menino acovardado pelo terno novo e pela gravata.

Tendo Zilda – a filha com quem a aniversariante morava – disposto cadeiras unidas ao longo das paredes, como numa festa em que se vai danças, a nora de Olaria, depois de cumprimentar com cara fechada aos de casa, aboletou-se numa das cadeiras e emudeceu, a boca em bico, mantendo sua posição de ultrajada. “Vim para não deixar de vir”, dissera ela a Zilda, e em seguida sentara-se ofendida. As duas mocinhas de cor-de-rosa e o menino, amarelos e de cabelo penteado, não sabiam bem que atitude tomar e ficaram de pé ao lado da mãe, impressionados com seu vestido azul-marinho e com os paetês.

Depois veio a nora de Ipanema com dois netos e a babá. O marido viria depois. E como Zilda – a única mulher entre os seis irmãos homens e a única que, estava decidido já havia anos, tinha espaço e tempo para alojar a aniversariante –, e como Zilda estava na cozinha a ultimar com a empregada os croquetes e sanduíches, ficaram: a nora de Olaria empertigada com seus filhos de coração inquieto ao lado; a nora de Ipanema na fila oposta das cadeiras fingindo ocupar-se com o bebê para não encarar a concunhada de Olaria; a babá ociosa e uniformizada, com a boca aberta.

E à cabeceira da mesa grande a aniversariante, que fazia hoje oitenta e nove anos.

(LISPECTOR, Clarice. Feliz aniversário. IN: Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. Fragmento.)

QUESTÃO 11. A regência do verbo “precisar” empregado em “[…] e esta vinha com o seu melhor vestido para mostrar que não precisava de nenhum deles, […]” (1º§) é a mesma de do verbo “implicar”, desde que seu sentido no contexto do enunciado seja: “causar”, “acarretar“, conforme visto em “Os maus hábitos alimentares implicaram à grave deficiência de vitaminas no organismo.”

Comentários

O item está errado.

A questão trata do tema regência verbal.

Ao passo em que o verbo “precisar” é transitivo indireto, pedindo a preposição “de”, o verbo “implicar” é transitivo direto, não exigindo nenhuma preposição.

O acento indicativo de crase (“à grave”) fica, pois, incorreto. O correto seria “Os maus hábitos alimentares implicaram a grave deficiência de vitaminas no organismo.”

QUESTÃO 12. Em “Os que vieram de Olaria estavam muito bem vestidos porque a visita significava ao mesmo tempo um passeio a Copacabana.” (2°§) ainda que ocorra alteração quanto à posição do termo destacado, em que a oração por ele introduzida dê início ao período, sua grafia não será modificada.

Comentários

O item está certo.

A questão trata do tema uso dos porquês.

Caso ocorra a modificação proposta, a frase ficará da seguinte maneira: “Porque a visita significava ao mesmo tempo um passeio a Copacabana, os que vieram de Olaria estavam muito bem vestidos”.

Observe que o termo “porque” continua sendo conjunção causal, não importando se ele está no meio ou início da frase. Logo, continua sendo grafado na forma “porque”, junto e sem acento.

QUESTÃO 13. Em “[…] como numa festa em que se vai dançar, […]” (2°§), o pronome “se” – na construção em análise – não pode ser colocado após o verbo “vai”, o que ocasionaria incorreção gramatical.

Comentários

O item está certo.

A questão trata do tema pronomes.

Não é possível a ênclise do pronome “se” ao verbo “vai” (“vai-se”), pois o termo “que” é uma palavra atrativa, a qual atrai o pronome “se” para antes do verbo.

QUESTÃO 14. As formas verbais destacadas em “Mas mandara sua mulher para que nem todos os laços fossem cortados – e esta vinha com o seu melhor vestido para mostrar que não precisava de nenhum deles, […].” (1°§) são equivalentes quanto ao aspecto temporal por elas indicado, demonstrando a correção do texto.

Comentários

O item está errado.

A questão trata do tema verbo.

O aspecto temporal das formas destacadas é diferente, e não equivalente. Enquanto a forma verbal “mandara” está no tempo pretérito mais que perfeito, indicando ação pontual e anterior à outra, a forma verbal “precisava” está no tempo pretérito imperfeito, indicando ação durativa.

QUESTÃO 15. No primeiro período do trecho transcrito, caso a expressão “pouco a pouco” fosse substituída por “à pouco”, o emprego da crase preservaria a correção gramatical.

Comentários

O item está errado.

A questão trata do tema crase.

Não é possível a utilização de crase antes de termos no masculino. Como o termo “pouco” está no masculino, não é possível utilizar crase antes dele.

O texto a seguir se refere às questões 16 a 20.

Aquele carro que invadiu um supermercado arrastando até a esposa do motorista me lembrou a minha, cada vez mais distante, infância. Morei naquela área quando era menino. Na época chamávamos o Largo do Marrão, em Niterói, de “Largo do Marrom”. Nunca conheci um sujeito marrom que fosse dono do largo, mas era assim que as crianças chamavam o largo.

Bem no lugar daquele mercado tinha um cinema decadente chamado Mandaro. Para atrair fregueses, passava dois filmes de segunda a quarta e mais dois de quinta a domingo. O sujeito entrava às duas e só saía às seis da tarde. Eu e meus irmãos vivíamos lá. Bastava economizar no lanche e voltar a pé da escola pra juntar o suficiente pro ingresso. Tinha semana em que assistíamos a quatro filmes. Tudo lixo. O mais trash de todos foi “A volta do espadachim de um braço só”. Juro que alguém filmou isso. E eu assisti!

(PAIVA, Cláudio. Revista O Globo, 15/06/2008, Fragmento.)

QUESTÃO 16. A preposição “Para”, que inicia o período “Para atrair fregueses, passava dois filmes de segunda a quarta e mais dois de quinta a domingo.”, foi empregada indicando especificidade em relação ao número de filmes exibidos conforme citado.

Comentários

O item está certo.

A questão trata do tema preposição.

A preposição “para”, que indica finalidade, foi utilizada para indicar especificamente o número de filmes, pois no texto é dito, em outras palavras, que o número de filmes exibidos tinha por finalidade atrair fregueses.

QUESTÃO 17. Caso a escolha do autor fosse unir os dois últimos períodos do texto em um único período, a conjunção “e” poderia ser substituída pela locução “não obstante”, havendo o emprego da vírgula depois da locução.

Comentários

O item está errado.

A questão trata do tema conjunções.

Não é possível utilizar o termo “não obstante” no trecho mencionado. A conjunção “e” tem função aditiva, enquanto “não obstante” traz ideia de oposição.

Ademais, ainda que a substituição fosse feita, não seria possível colocar vírgula depois do termo “não obstante”, pois este estaria intercalado.

QUESTÃO 18. A palavra “que” pode apresentar diversas classificações e ainda exercer funções sintáticas de acordo com seu emprego no enunciado. Assim, dentre as ocorrências do emprego do termo “que” no texto, pode-se afirmar que em “Aquele carro que invadiu um supermercado […]” e “Nunca conheci um sujeito marrom que fosse dono do largo, […]” evidencia-se sua função de sujeito da oração.

Comentários

O item está certo.

A questão trata do tema uso da palavra “que”.

Ambas são pronomes relativos com função de sujeito. Na primeira ocorrência, “que” é sujeito do verbo “invadiu”, referindo-se a “aquele carro”; e na segunda ocorrência, “que” é sujeito do verbo “fosse”, referindo-se a “um sujeito marrom”.

QUESTÃO 19. Acerca da estrutura linguística apresentada em “Tinha semana em que assistíamos a quatro filmes.” Pode-se afirmar que caso o verbo “ter” fosse substituído pelo verbo “haver”, ainda que “semana” fosse substituído por “semanas”, a forma verbal a ser utilizada seria na 3ª pessoa do singular.

Comentários

O item está certo.

A questão trata do tema concordância verbal.

O verbo “haver”, quando indica tempo decorrido, é impessoal, ou seja, não se flexiona para o plural.

QUESTÃO 20. As preposições “em” e “a” em “Tinha semana em que assistíamos a quatro filmes.” foram empregadas de acordo com a norma padrão da língua, ou seja, as duas introduzindo complementos do verbo “assistir”.

Comentários

O item está errado.

A questão trata do tema preposição.

De fato, a preposição “a” indica complemento do verbo assistir (“a quatro filmes”).

No entanto, a preposição “em” não introduz complemento de “assistir”. Na verdade, indica adjunto adverbial de tempo.

O texto a seguir se refere às questões 21 a 25.

O artigo percorre um viés filosófico e dispõe acerca da ética e da filosofia da libertação esculpida nos países subdesenvolvidos com enfoque crítico e direcionado à temática abordada. Demonstra o alijamento a que estão submetidos os deficientes físicos e investiga a possibilidade de praticar políticas de inclusão, tal como a acessibilidade, e dessa forma, atingir o exercício prático da democracia. A problemática é atual, haja vista que conforme os dados das Instituições Governamentais, há um número significativo de indivíduos que estão excluídos do convívio social. É apresentada a necessidade de implementação de políticas públicas e interdisciplinares que se adéquem à inclusão dos deficientes físicos para que assim possam usufruir dos direitos fundamentais que lhes são garantidos constitucionalmente.

(Álvaro dos Santos Maciel, Fabiana Polican Ciena. Acessibilidade: A Inclusão do portador de deficiência física sob um ponto de vista filosófico. Adaptado. Disponível em: http://www.publicadireito.com.br. Acesso em: março de 2024.)

QUESTÃO 21. Em “(…) há um número significativo de indivíduos que estão excluídos do convívio social.”, é possível identificar o emprego de verbo impessoal “haver”, a substituição de “há” por “existe” promove a manutenção do emprego desse tipo de verbo, impessoal.

Comentários

O item está errado.

A questão trata do tema verbo.

O verbo “haver”, de fato, é impessoal. No entanto, o verbo “existir” é pessoal. Logo, não há manutenção do emprego impessoal.

QUESTÃO 22. Os vocábulos “países” e “excluídos” são acentuados graficamente de acordo com a mesma justificativa gramatical, assim como sua forma no singular, em que é preservado o acento.

Comentários

O item está certo.

A questão trata do tema acentuação.

Em ambos os casos, a acentuação gráfica se dá pela mesma justificativa gramatical, qual seja, presença de hiato. Vejamos: “pa-í-ses” e “ex-clu-í-dos”.

Ademais, no singular, ambas as palavras manteriam o acento gráfico, e pela mesma justificativa gramatical, qual seja, presença de hiato. Vejamos: “pa-ís” e “ex-clu-í-do”.

QUESTÃO 23. Em “O artigo percorre um viés filosófico e dispõe acerca da ética e da filosofia da libertação esculpida nos países subdesenvolvidos com enfoque crítico e direcionado à temática abordada.”, o ponto e vírgula poderia ser empregado logo após “O artigo”, separando e enfatizando elementos coordenados.

Comentários

O item está errado.

A questão trata do tema sintaxe.

Não é possível a utilização do ponto e vírgula após o termo “o artigo”, pois este é sujeito da frase, e não é possível separar o sujeito do predicado, por nenhum sinal de pontuação.

QUESTÃO 24. Em “Demonstra o alijamento a que estão submetidos os deficientes físicos e investiga a possibilidade de praticar políticas de inclusão […]” pode-se afirmar quanto à expressão destacada que “a que” poderia ser substituída por “ao qual”.

Comentários

O item está certo.

A questão trata do tema preposição.

O termo “a que” retoma o termo “alijamento”, que é substantivo masculino singular. Logo, é possível trocar “a que” por “ao qual”, já que o antecedente está no masculino singular.

QUESTÃO 25. A expressão “haja vista” trata-se de locução verbal invariável, que não admite flexão de gênero nem de número, qualquer que seja o elemento a que se refira, sendo a possível reescrita “haja vista os dados” correta de acordo com a norma padrão da língua.

Comentários

O item está certo.

A questão trata do tema locução verbal.

A gramática tradicional da língua portuguesa e a maioria dos autores consideram o termo “haja vista” como impessoal. Ressalte-se, no entanto, que alguns autores, minoritários, consideram possível a flexão “hajam vista”.

O texto a seguir se refere às questões 26 a 35.

A efetividade das cotas no mercado de trabalho para pessoas com deficiência e as alterações trazidas pela Lei nº 13.146/2015.

[…] Em 2015 foi implantado o Estatuto da Pessoa com Deficiência, por meio da Lei nº 13.146/2015, o qual aborda os direitos da pessoa com deficiência e traz detalhes pontuais para cada “momento” garantindo a igualdade, inclusão social e cidadania das pessoas.

O desenvolvimento desse artigo deixa claro que a pessoa com deficiência deve ser respeitada e ter condições de igualdade sem distinção de qualquer natureza com os demais. Logo, se desde a Constituição de 1988, o PCD tem seus direitos garantidos, o que muda com a Lei de Cotas e o Estatuto da Pessoa com Deficiência?

Muda a aplicabilidade da lei.

A Constituição traz os direitos fundamentais e a igualdade sem distinção de qualquer natureza, no entanto, não traz penalidades à não aplicabilidade em relação ao mercado de trabalho, por exemplo. Ou seja, a pessoa com deficiência tem esse direito garantido apenas com a Constituição, no entanto, a falta de critérios para que a teoria seja convertida em prática deixa as pessoas em situação vulnerável e basicamente “a contar com a sorte” de uma empresa humanizada dar a oportunidade da vaga.

Por essa razão, a Lei nº 8.213/1991 dispõe da obrigatoriedade desse direito, ou seja, as empresas deixam de ter que ir pelo princípio da igualdade para a obrigatoriedade de contratar as pessoas com deficiência. Com o advento dessa lei, houve então o quantitativo de vagas a serem destinadas e quais empresas têm que cumprir o dispositivo, pois o não cumprimento acarreta uma multa. Em 2023, os valores variavam de R$ 3.100,06 até R$ 310.004,70 por profissional PCD não contratado, conforme o grau de descumprimento. (MTP/ME nº 23)

O Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei nº 13.146/2015, por sua vez, engloba os direitos fundamentais, já regidos pela Constituição; as porcentagens de vagas destinadas às pessoas com deficiência, regidas pela Lei de Cotas e o diferencial que é a obrigatoriedade de adaptação à inclusão.

(Justiliana Sousa. Disponivel em: https://www.migalhas.com.br. Acesso em 2 de fevereiro de 2024. Adaptado.)

QUESTÃO 26. As duas ocorrências do emprego de aspas no texto, “momento” e “a contar com a sorte”, demonstram atribuição de ironia em relação ao uso dos vocábulos, contribuindo para a construção da mensagem proposta.

Comentários

O item está errado.

A questão trata do tema pontuação.

Não há de se falar em atribuição de ironia. A utilização de aspas na palavra “momento” se deu para destacar que o vocábulo está sendo usado fora de seu sentido usual. Já a utilização de aspas na expressão “a contar com a sorte” se deu para destacar que se trata de uma expressão coloquial, em sentido figurado.

QUESTÃO 27. Se a vírgula empregada antecedendo o termo “pois” em “dispositivo, pois o não cumprimento acarreta uma multa.” (5º§) fosse retirada, não haveria prejuízo quanto à correção gramatical do segmento destacado.

Comentários

O item está errado.

A questão trata do tema pontuação.

O uso da vírgula, neste caso, é obrigatório, pois introduz uma explicação.

QUESTÃO 28. Em “[…] o qual aborda os direitos da pessoa com deficiência e traz detalhes pontuais […]” (1º§), o conectivo expresso é característico das orações exemplificadas indicando a coexistência dos fatos mencionados.

Comentários

O item está certo.

A questão trata do tema orações.

O conectivo “e” é conjunção aditiva que une orações em que ambos os fatos ocorrem ao mesmo tempo, expressos pelas formas verbais “aborda” e “traz”.

QUESTÃO 29. A expressão destacada em “Em 2015 foi implantado o Estatuto da Pessoa com Deficiência, por meio da Lei nº 13.146/15, o qual aborda os direitos da pessoa com deficiência e traz detalhes pontuais para cada “momento” garantindo a igualdade, inclusão social e cidadania das pessoas.” (1º§), poderia ser substituída por “implantou-se”, de acordo com a correção gramatical do texto.

Comentários

O item está certo.

A questão trata do tema verbo.

A referida substituição é, sim possível. No caso, estar-se trocando a voz passiva analítica (“foi implantado”) pela voz passiva sintética (implantou-se”).

QUESTÃO 30. A substituição da expressão destacada em “[…] o qual aborda os direitos da pessoa com deficiência e traz detalhes pontuais para cada “momento” garantindo a igualdade, inclusão social e cidadania das pessoas.” (1º§) por seu referente, implicaria em comprometimento, nesse trecho, da correção textual.

Comentários

O item está certo.

A questão trata do tema sintaxe.

O referente de “o qual” é “Estatuto”.

Caso haja a referida substituição, ter-se-á uma repetição de vocábulo que gera comprometimento da correção textual. Vejamos como ficaria: “Em 2015 foi implantado o Estatuto da Pessoa com Deficiência, por meio da Lei nº 13.146/2015, o Estatuto aborda os direitos da pessoa com deficiência…”. Perceba que seria necessário retirar a vírgula, colocar um ponto e recomeçar um novo período; caso contrário, haveria incoerência.

QUESTÃO 31. A expressão “no entanto” em “A Constituição traz os direitos fundamentais e a igualdade sem distinção de qualquer natureza, no entanto, não traz penalidades à não aplicabilidade em relação ao mercado de trabalho, por exemplo.” (3º§) poderia ser substituída por “conquanto” ou “porquanto”.

Comentários

O item está errado.

A questão trata do tema conjunção.

A substituição não seria possível, pois as conjunções têm sentidos diferentes. “No entanto” tem sentido adversativo, ao passo que “conquanto” tem sentido concessivo e “porquanto” tem sentido explicativo.

QUESTÃO 32. Em “Ou seja, a pessoa com deficiência tem esse direito garantido apenas com a Constituição, no entanto, a falta de critérios para que a teoria seja convertida em prática deixa as pessoas em situação vulnerável e basicamente “a contar com a sorte” de uma empresa humanizada dar a oportunidade da vaga.” (2º§), a locução conjuntiva inicial é invariável e permite reconhecer sua característica explicativa em relação às informações anteriores.

Comentários

O item está certo.

A questão trata do tema conjunção.

De fato, a locução conjuntiva “ou seja” é invariável, não sendo possível grafá-la no plural. Ademais, possui sentido explicativo, conforme mencionado pela questão.

QUESTÃO 33. Seria mantido o tempo verbal caso a seguinte alteração fosse realizada: A locução “deve ser” em “a pessoa com deficiência deve ser respeitada” (2º§) fosse substituída por “deveria ser efetivamente”.

Comentários

O item está errado.

A questão trata do tema verbo.

A substituição não mantém o tempo verbal. Enquanto a locução “deve ser” está no tempo verbal presente do indicativo, “deveria ser” está no tempo verbal futuro do pretérito.

QUESTÃO 34. Pode-se reconhecer que o período “O desenvolvimento desse artigo deixa claro que a pessoa com deficiência deve ser respeitada e ter condições de igualdade sem distinção de qualquer natureza com os demais.” (2º§) tem, em sua composição, oração que exerce função substantiva estabelecendo relação sintática com outra oração.

Comentários

O item está certo.

A questão trata do tema orações.

De fato, há oração que exerce função substantiva. A oração “que a pessoa com deficiência deve ser respeitada e ter condições de igualdade sem distinção de qualquer natureza com os demais.” funciona como objeto direto do verbo “deixar”.

Logo, tem-se uma oração subordinada substantiva objetiva direta.

QUESTÃO 35. Os vocábulos empregados no texto como “pessoa”, “deficiência” e “distinção” apresentam grafia correta em que letras diferentes representam um mesmo fonema, ou seja, o som que representam, a mesma correção pode ser vista em: absolver, dispensa e inscipiente.

Comentários

O item está errado.

A questão trata do tema grafia das palavras.

Os vocábulos, na forma proposta pelo enunciado (“dispenssa” e “inscipiente”) têm erros de grafia. O correto seria “dispensa” e “incipiente”.

O texto a seguir se refere às questões 36 a 45.

Em 2024, segurança pública é prioridade para os direitos humanos no Brasil.

Em sua primeira coluna do ano, Pedro Dallari especula sobre as perspectivas para os direitos humanos no Brasil em 2024. Na opinião dele, teremos em 2024 um quadro bastante preocupante para a preservação e promoção dos direitos humanos da população brasileira. “Além de sofrer os reflexos das crises que atingem atualmente o mundo – com destaque para o agravamento do aquecimento global e as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio -, o Brasil sofre as consequências de uma realidade econômica e social profundamente injusta, com forte concentração da renda e muita desigualdade social.” Esse cenário geral prejudica enormemente a possibilidade de afirmação dos direitos humanos.

Nesse contexto preocupante, merece atenção o crescimento exponencial da presença do crime organizado no Brasil, uma situação que reproduz fenômeno que também ocorre na América Latina e em outras regiões do planeta. Associado principalmente ao tráfico de drogas ilícitas, o crime organizado vai se fazendo presente em outros campos de atuação, até mesmo pela aquisição do controle efetivo e ilegal de setores da administração pública e de áreas do território brasileiro, de modo a facilitar a realização de atividades criminosas. É o caso, por exemplo, dos cartéis para corrupção da administração pública, das milícias em bairros de muitas cidades brasileiras ou dos garimpos clandestinos na floresta amazônica.

A célebre Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma que “todo individuo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”. No entanto, o crescimento do crime organizado ameaça não só a segurança das pessoas, mas, ao comprometer o funcionamento regular dos órgãos públicos, pode prejudicar gravemente a prestação dos serviços de saúde, educação e transporte, direitos também previstos na Declaração. Em síntese, como a promoção dos direitos humanos depende do bom desempenho dos órgãos públicos, deve ser dada prioridade ao combate ao crime organizado e a uma situação que ameaça o próprio funcionamento do Estado.

(Globalização e Cidadania. Disponível em: https://jornal.usp.br/radio-usp, Fragmento.)

QUESTÃO 36. Caso fosse incluído o termo “bastante” imediatamente após “ameaça” em “que ameaça o próprio funcionamento do Estado.” (3°§), ele permaneceria invariável mesmo que a oração fosse reescrita no plural.

Comentários

O item está certo.

A questão trata do tema concordância.

O termo “bastante”, ainda que a oração seja escrita no plural, tem função de advérbio, e os advérbios são invariáveis.

QUESTÃO 37. Há correção gramatical no livre comentário acerca do texto apresentado: “Observa-se muitas vezes dedicação sobre-humana às causas sociais com o propósito de amenizar desigualdades que geram diversos tipos de consequências.”

Comentários

O item está certo.

A questão trata do tema hífen.

Na translineação de palavras com hífen, este deverá ser repetido tanto na linha anterior, após o primeiro termo (“sobre-“), quanto na posterior, antes do segundo termo (“-humana”).

QUESTÃO 38. A utilização da preposição “sobre” torna-se obrigatória no trecho destacado a seguir “Em sua primeira coluna do ano, Pedro Dallari especula sobre as perspectivas para os direitos humanos no Brasil em 2024.” (1º§) em decorrência da exigência da regência nominal estabelecida.

Comentários

O item está errado.

A questão trata do tema regência verbal.

A utilização da preposição “sobre” se dá em razão da regência verbal – e não nominal – do verbo “especular”, que necessita de preposição por ser transitivo indireto.

QUESTÃO 39. Em “[…] de modo a facilitar a realização de atividades criminosas.” (2º§), as ocorrências do termo “a” são classificadas gramaticalmente de formas diferentes; tendo assim, também, funções diferentes.

Comentários

O item está certo.

A questão trata do tema preposição.

Trata-se de classes gramaticais diferentes e, portanto, de funções diferentes. No trecho “de modo a facilitar”, o termo “a” é preposição, funcionando como conectivo. Já no trecho “a realização”, o termo “a” é artigo.

QUESTÃO 40. Em “Na opinião dele, teremos em 2024 um quadro bastante preocupante para a preservação e promoção dos direitos humanos da população brasileira.” (1º§), a ausência de marca desinencial na forma verbal possibilita a ocultação do sujeito como termo fundamental da estrutura oracional.

Comentários

O item está errado.

A questão trata do tema orações.

Não há de se falar em “ausência de marca desinencial”. Pelo contrário: O sujeito é oculto e desinencial, havendo marca desinencial na forma verbal, indicando a primeira pessoa do plural “nós”.

QUESTÃO 41. Em “[…] até mesmo pela aquisição do controle efetivo e ilegal de setores da administração pública e de áreas do território brasileiro […]” (2°§), a expressão “pela aquisição” indica o agente da ação verbal, referente ao controle especificado.

Comentários

O item está errado.

A questão trata do tema semântica.

A expressão “pela aquisição”, na verdade, tem valor semântico de meio, e não de agente. Perceba que “pela” poderia ser substituído, sem prejuízo, por “por meio da”.

QUESTÃO 42. Mantendo-se a correção gramatical, o trecho “Nesse contexto preocupante, merece atenção o crescimento exponencial da presença do crime organizado no Brasil, uma situação que reproduz fenômeno que também ocorre na América Latina e em outras regiões do planeta.” (2º§) pode apresentar como reescrita: “Nesse contexto preocupante, cujo o crescimento exponencial da presença do crime organizado no Brasil merece atenção, uma situação a qual demonstra fenômeno reproduzido também na América Latina e em outras regiões do planeta.”

Comentários

O item está errado.

A questão trata do tema pronome.

O pronome “cujo” nunca poderá vir seguido de artigo. Portanto, a forma “cujo o” está incorreta, tornando a reescrita proposta também incorreta.

QUESTÃO 43. No primeiro parágrafo do texto é possível observar o emprego do travessão duplo cuja função é assinalar uma expressão intercalada, podendo ser substituído por parênteses de acordo com a intenção do enunciador, o que manteria a correção gramatical.

Comentários

O item está certo.

A questão trata do tema pontuação.

De fato, há uma intercalação, sendo possível a substituição do travessão duplo por parênteses, a depender da intenção do enunciador. Se a intenção for enfatizar, utiliza-se o travessão; mas se a intenção for retirar a ênfase, utiliza-se o parêntese. Em ambos os casos, a correção gramatical se mantém.

QUESTÃO 44. No último período do texto, a expressão “Em síntese,” pode ser substituída por “Assim, contudo,” de acordo com a função estabelecida de equivalência entre as duas expressões citadas.

Comentários

O item está errado.

A questão trata do tema semântica.

Não há equivalência entre as duas expressões. Enquanto a expressão “em síntese” tem sentido conclusivo, o termo “contudo” tem sentido adversativo.

Logo, não é possível a reescritura proposta.

QUESTÃO 45. O resultado, a seguir, do acréscimo de algumas expressões ao último período do texto manteria a correção gramatical: “Em síntese, como a promoção dos direitos humanos depende do bom desempenho dos órgãos públicos e de uma eficiente infraestrutura, deve ser dada prioridade ao combate ao crime organizado e a uma situação que ameaça o próprio funcionamento do Estado, utilizando até mesmo de instrumentos como Decretos-lei.”

Comentários

O item está errado.

A questão trata do tema semântica.

O verbo “utilizar” é transitivo direto, dispensando preposição. Portanto, a forma “utilizando (…) de instrumentos…” está incorreta, havendo erro de regência. O correto seria “utilizando (…) instrumentos…”. Outra possibilidade seria usar o verbo em sua forma pronominal, caso em que a preposição seria necessária; veja: “utilizando-se (…) de instrumentos…”.

Um sócio-administrador de determinada empresa, antevendo situação de crise econômico-financeira futura, comete, em janeiro de 2020, crime falimentar consistente em ato fraudulento que resultou prejuízo aos credores. Posteriormente requereu recuperação judicial, cujo processamento foi regularmente deferido. Houve descumprimento de obrigação prevista no plano de recuperação judicial, acarretando a convolação da recuperação judicial em falência. De acordo com as disposições da Lei nº  11.101/2005 e de entendimentos do STF, julgue os itens a seguir.

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