Prova Comentada Língua Portuguesa MP RS Promotor

Prova Comentada Língua Portuguesa MP RS Promotor

Olá, pessoal, tudo certo?!

Em 03/12/2023, foi aplicada a prova objetiva do concurso público para Promotor de Justiça do estado do Rio Grande do Sul. Assim que encerrada, nosso time de professores elaborou o gabarito extraoficial, que, agora, será apresentado juntamente com a nossa PROVA COMENTADA.

Este material visa a auxiliá-los na aferição das notas, elaboração de eventuais recursos, verificação das chances de avanço para fase discursiva, bem como na revisão do conteúdo cobrado no certame.

Desde já, destacamos que nosso time de professores identificou 2 questões passíveis de recursos, por apresentarem duas ou nenhuma alternativa correta, como veremos adiante. No tipo de prova comentado, trata-se das questões 35 e 65.

De modo complementar, elaboramos também o RANKING do MP-RS, em que nossos alunos e seguidores poderão inserir suas respostas à prova, e, ao final, aferir sua nota, de acordo com o gabarito elaborado por nossos professores. Através do ranking, também poderemos estimar a nota de corte da 1º fase. Essa ferramenta é gratuita e, para participar, basta clicar no link abaixo:

Além disso, montamos um caderno para nossos seguidores, alunos ou não, verem os comentários e comentar as questões da prova: Confira AQUI!

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Instrução: As questões 1 a 14 referem-se ao texto abaixo.

A Inquisição medieval ainda suscita polêmicas e discussões. Não são incomuns os debates em salões religiosos, acadêmicos, judiciários e até políticos acerca de sua efetiva historiografia e das consequências dos procedimentos adotados pelos tribunais da Inquisição para fins de formação de segmentos dogmáticos do direito processual penal, civil e trabalhista. É indispensável, todavia, que se promova o adequado desapego …… ideia pejorativa e _____ de repulsa deliberada à cultura medieval, assim como de suas consequências sobre a refutação aos hereges no que toca diretamente à Inquisição.

Coube a Tomás de Aquino, no entardecer da Idade Média, oferecer uma teoria crítica que inspirou os esforços para tornar útil e menos penoso o instituto da Inquisição. Entre encômios e refutações, Aquino soube delinear adequadamente o alcance e os limites dos processos da Inquisição, oferecendo uma doutrina que prima pela moderação e pela correta aplicação do instituto.

Os procedimentos processuais do alto medievo pautaram-se, em seu _____, por representações e costumes _____ de comunidades bárbaras, bem como se adotava um ideal de justiça desalinhado do direito romano em ______. Um desses procedimentos enfatizava a submissão do acusado a um desafio para que provasse sua inocência, tendo em vista que se acreditava na intervenção divina durante a provação proposta, ou seja, para constatação da inocência do acusado e sua consequente absolvição. Afinal, Deus haveria de interceder como em um milagre e a pessoa não sofreria as consequências do desafio imposto pelo ordálio. Nesse panorama, o direito medieval buscou seus fundamentos na essência do povo da época, baseando-se não raro em crenças religiosas e no temor de castigos divinos. Além disso, a conjugação entre o direito e a moral no ordenamento jurídico medieval é cerebrina, visto que em tudo se vislumbrava o valor moral, ou seja, a lição extraída, o significado moral essencial.

Contudo, a prática dos ordálios, ao contrário do que se possa imaginar, passou a ser amplamente refutada pela Igreja. Os costumes e procedimentos ordálios tiveram sua eficácia contestada e sucessivamente enfraquecida, abrindo-se ensanchas ao surgimento de um sistema normativo mais apurado e convergente com a realidade empírica. Dessa forma, com a derrocada progressiva dos processos ordálios, iniciou-se na Idade Média um período de transição para os processos inquisitoriais. Um dos principais emolumentos da transição consistiu na contribuição dos processos inquisitoriais para o desenvolvimento de um sistema penal mais racional e desprovido de misticismo. Inaugurou-se assim, uma ordem jurídica baseada na concepção fundamental de que, se a natureza e a ordem física das coisas encerram manifestação da vontade divina, contrariá-las redunda em grave ofensa à onipotência de Deus, criador do mundo, devendo-se como consequência reprimir a perseguição e eventual punição aleatória dos indivíduos.

É preciso compreender a Inquisição a partir do descortino da relação entre a Igreja Romana e o Estado. Com efeito, enquanto para Santo Agostinho o Estado encerra uma instituição pecaminosa, cuja eventual utilidade é assegurar que se possa seguir a Igreja para alcance do reino celeste, Tomás de Aquino entende o Estado como instituição puramente humana e necessária diante da inclinação dos homens à socialização. Disso decorre que, para Tomás, os tribunais da Inquisição estão mais afeitos ao regime secular próprio da convivência social entre os homens que …… missão da Igreja de evangelização e busca da salvação das almas. Portanto, é possível admitir que as oscilações das práticas inquisitoriais decorreram sobretudo do embate entre a missão sagrada da Igreja (redenção das almas, combate …… ofensas à doutrina cristã etc.) e a atividade punitiva do Estado enquanto organização secular. Se os vereditos dos tribunais da Inquisição eram emanados dos eclesiásticos em conjunto com os agentes do Estado, a execução correspondente cabia exclusivamente ao regime secular.

A Inquisição constituiu-se, pois, pela reunião do tribunal do Santo Ofício com o tribunal civil. Tinha dois “braços”: o primeiro era o braço eclesiástico, que inquiria, corrigia e finalmente julgava os delitos de heresia. Sua finalidade principal não era vingar e castigar, mas corrigir e emendar. O segundo braço era o secular, …… quem eram entregues os réus convictos e contumazes para serem castigados segundo as leis civis. Tal conjuntura parece explicar o porquê dos excessos da Inquisição: a sensível incompatibilidade entre o projeto divino entregue à Igreja e a regulação social destinada ao Estado.

Adaptado de: NUNES, Claudio Pedrosa. Teoria Crítica da Inquisição em Tomás de Aquino. In: AZEVEDO NETO, Joachin Melo (Org.). Guarujá-SP: Científica Digital, 2023.

QUESTÃO 1. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas tracejadas das linhas 5, 11, 12 e 13, nesta ordem.

a) pré-concebida – naciturno – remanescente – ascenção

b) preconcebida – nascituro – remanecente – ascenção

c) preconcebida – nascituro – remanescente – ascensão

d) pré-concebida – naciturno – remanecente – ascensão

e) pré-concebida – nascituro – remanescente – ascenção

Comentários

A alternativa correta a ser assinalada é a letra C. A grafia correta das palavras é a seguinte:

– Preconcebida: A escrita hifenizada somente foi aceita até a entrada em vigor da nova ortografia, em 2009. Atualmente somente a forma junta, sem acento e sem hífen está correta e existe no dicionário de português. O vocábulo é o particípio do verbo preconceber, o qual é formado por derivação prefixal, onde o prefixo “pre” é adicionado à palavra “conceber”, resultando em novo termo. E, segundo as regras de ortografia, as palavras formadas com o prefixo “pre” somente serão hifenizadas quando o prefixo for tônico, o que não é o caso da palavra “preconceber”.

– Nascituro: esta é a grafia aceita pela gramática da língua portuguesa.

– Remanescente: esta é a grafia aceita pela gramática da língua portuguesa.

– Ascensão: esta é a grafia aceita pela gramática da língua portuguesa.

Portanto, a alternativa correta é a letra C. As demais alternativas ficam automaticamente incorretas.

QUESTÃO 2. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas pontilhadas das linhas 5, 37, 39 e 46, nesta ordem.

a) a – a – as – a 

b) a – a – as – à 

c) à – a – as – a 

d) à – à – às – à 

e) à – à – às – a

Comentários

A alternativa correta a ser assinalada é a letra E.

Na linha 5, tem-se a frase: “É indispensável, todavia, que se promova o adequado desapego …… ideia pejorativa”. Observe que o termo “desapego” pede preposição. Logo, esta preposição, somada ao artigo “a”, referente à palavra “ideia”, contrai-se em crase, obtendo-se “à”.

Na linha 37, tem-se a frase: “(…) os tribunais da Inquisição estão mais afeitos ao regime secular próprio da convivência social entre os homens que …… missão da Igreja de evangelização e busca da salvação das almas”. Observe que, no espaço em branco, para que haja a correta concordância entre os períodos, tem-se implícito o termo “afeitos”. Assim, a frase ficaria, de modo resumido: “(…) os tribunais da Inquisição estão mais afeitos ao regime secular (…) que afeitos … missão da Igreja de evangelização (…)”. Desta feita, note que o termo “afeitos” pede a preposição “a”. Esta preposição, somada ao artigo “a”, referente à palavra “missão”, contrai-se em crase, obtendo-se “à”.

Na linha 39, tem-se a frase: “(redenção das almas, combate …… ofensas à doutrina cristã etc.)”. Observe que o termo “combate” pede a preposição “a”. Esta preposição, somada ao artigo “as”, referente à palavra “ofensas”, contrai-se em crase, obtendo-se “às”.

Na linha 46, tem-se a frase: “O segundo braço era o secular, …… quem eram entregues os réus convictos e contumazes para serem castigados segundo as leis civis”. Veja que o termo faltante irá preceder o termo “quem”. Ocorre que “quem” é um pronome que não aceita artigo, daí não ocorrer acento indicativo de crase. Portanto, a lacuna deverá ser completada com “a”, sem crase.

Portanto, a alternativa correta é a letra E. As demais alternativas ficam automaticamente incorretas.

QUESTÃO 3. Assinale a única afirmação que encontra suporte no texto.

a) O conflito entre a Igreja, que atuava em prol da vontade divina, e o Estado, que, como instituição secular, operava as atividades punitivas, motivou as oscilações das práticas inquisitoriais durante a Idade Média.

b) O conjunto de preceitos propostos por Tomás de Aquino, mesmo que inconciliáveis com uma visão laica de sociedade, serviu de fundamento para a elaboração de diferentes compêndios de leis hodiernos.

c) As normas jurídicas dos antigos romanos influenciaram sobremodo as práticas processuais adotadas no alto medievo, pois, para obter a confissão dos hereges, os inquisidores lançavam mão de violência física e moral.

d) O fato de os processos inquisitoriais terem sido revistos ao longo dos anos não deve atenuar a gravidade dos castigos impostos pelo clero aos que professavam doutrina contrária aos mandamentos da Igreja.

e) Ao defender o fim da prática do ordálio, ou seja, o término da provação extrema que era julgada por Deus, Tomás de Aquino mostra-se hostil ao controle da Igreja sobre a vida e os costumes dos indivíduos na Idade Média.

Comentários

A alternativa correta a ser assinalada é a letra A.

A alternativa A está correta. É justamente essa a ideia do texto. Conforme o quarto período do quinto parágrafo: “Portanto, é possível admitir que as oscilações das práticas inquisitoriais decorreram sobretudo do embate entre a missão sagrada da Igreja (redenção das almas, combate …… ofensas à doutrina cristã etc.) e a atividade punitiva do Estado enquanto organização secular.”

A alternativa B está incorreta. Os preceitos propostos por Tomás de Aquino são conciliáveis com a visão laica. Conforme o segundo período do quinto parágrafo: “Com efeito, enquanto para Santo Agostinho o Estado encerra uma instituição pecaminosa, cuja eventual utilidade é assegurar que se possa seguir a Igreja para alcance do reino celeste, Tomás de Aquino entende o Estado como instituição puramente humana e necessária diante da inclinação dos homens à socialização.”

A alternativa C está incorreta. Conforme o primeiro período do terceiro parágrafo, durante o alto medievo, se adotava ideal de justiça desalinhado do direito romano. Logo, não há de se falar em influência das normas jurídicas romanas, mas, sim, das comunidades bárbaras. Veja: “Os procedimentos processuais do alto medievo pautaram-se, em seu _____, por representações e costumes _____ de comunidades bárbaras, bem como se adotava um ideal de justiça desalinhado do direito romano em ______.”

A alternativa D está incorreta. Pelo contrário, tal revisão ao longo dos anos gerou uma atenuação da gravidade dos castigos impostos. De acordo com o terceiro período do quarto parágrafo: “Dessa forma, com a derrocada progressiva dos processos ordálios, iniciou-se na Idade Média um período de transição para os processos inquisitoriais. Um dos principais emolumentos da transição consistiu na contribuição dos processos inquisitoriais para o desenvolvimento de um sistema penal mais racional e desprovido de misticismo.“

A alternativa E está incorreta. A prática do ordálio é a favor da provação extrema. De acordo com o segundo e o terceiro períodos do terceiro parágrafo: “Um desses procedimentos enfatizava a submissão do acusado a um desafio para que provasse sua inocência, tendo em vista que se acreditava na intervenção divina durante a provação proposta, ou seja, para constatação da inocência do acusado e sua consequente absolvição. Afinal, Deus haveria de interceder como em um milagre e a pessoa não sofreria as consequências do desafio imposto pelo ordálio.”

QUESTÃO 4. Entre as substituições propostas abaixo, assinale a que acarretaria mudança de significado na respectiva frase.

a) “ainda” (l. 1) por “até agora”

b) “assim como” (I. 5) por “não obstante”

c) “não raro” (I. 18) por “com frequência”

d) “Com efeito” (I. 33) por “De fato”

e) ”sobretudo” (l. 39) por “especialmente”

Comentários

A alternativa correta a ser assinalada é a letra B.

A alternativa A está incorreta. Não há mudança de significado no caso de substituição dos termos. Tanto o termo “ainda” quanto o termo “até agora” trazem ideia de algo que se prolonga no presente.

A alternativa B está correta. Esta é a única alternativa que traz mudança de significado no caso de substituição dos termos. Isso porque o termo “assim como”, no texto, tem sentido aditivo, enquanto o termo “não obstante” tem sentido concessivo.

A alternativa C está incorreta. Não há mudança de significado no caso de substituição dos termos. Tanto o termo “não raro” quanto o termo “com frequência” trazem ideia de algo que acontece repetidas vezes.

A alternativa D está incorreta. Não há mudança de significado no caso de substituição dos termos. Tanto o termo “com efeito” quanto o termo “de fato” reforçam uma afirmação, indicando veracidade, certeza.

A alternativa E está incorreta. Não há mudança de significado no caso de substituição dos termos. Tanto o termo “sobretudo” quanto o termo “especialmente” trazem ideia de restrição, especialidade.

QUESTÃO 5. A palavra “se” exerce a mesma função no segmento “Inaugurou-se” (l. 27) e na frase

a) No interrogatório, perguntaram se o herege ainda tinha algo a declarar.

b) O herege arrependeu-se das blasfêmias proferidas.

c) Não se conheciam as verdadeiras intenções dos inquisidores. 

d) O inquisidor nunca se continha ao praticar excessos durante os interrogatórios.

e) Quando confrontados, os hereges se disseram palavras ofensivas.

Comentários

A alternativa correta a ser assinalada é a letra C. O termo “se” em “inaugurou-se” exerce função de partícula apassivadora. E a única opção que traz o termo “se” também como partícula apassivadora é a alternativa C. Logo, é a alternativa correta. Veja que, transformando para a voz passiva analítica, tem-se: “As verdadeiras intenções não eram conhecidas.”

A alternativa A está incorreta. O termo “se” exerce função de conjunção integrante.

A alternativa B está incorreta. O termo “se” é parte integrante do verbo, pois o verbo “arrepender-se” é pronominal.

A alternativa D está incorreta. O termo “se” é parte integrante do verbo, pois o verbo “conter-se “é pronominal.

A alternativa E está incorreta. O termo “se” é recíproco, no sentido de “uns aos outros”. Reescrevendo a frase, tem-se: “Quando confrontados, os hereges disseram palavras ofensivas uns aos outros.”

QUESTÃO 6. Considere as seguintes afirmações sobre palavras do texto.

1. As palavras “entardecer” (I. 7) e “descortino” (I. 32) são ambas formadas com o acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo.

2. A palavra “cerebrina” (I. 19) contém sufixo que forma adjetivos a partir de substantivos.

3. As palavras “misticismo” (I. 27) e “evangelização” (I. 37) apresentam sufixos que formam substantivos a partir de adjetivos.

Quais afirmações estão corretas?

a) Apenas 1.

b) Apenas 2.

c) Apenas 3.

d) Apenas 1 e 3.

e) 1, 2 e 3.

Comentários

A alternativa correta a ser assinalada é a letra B.

A afirmação I está incorreta. A palavra “entardecer”, de fato, é formada com o acréscimo do prefixo “en” e do sufixo “cer” ao substantivo “tarde”. No entanto, a palavra “descortino” não é formada com o acréscimo do prefixo nem sufixo, pois se trata de uma palavra regressiva, ou seja, que perdeu elemento formador de palavra, tendo em vista que vem da palavra “descortinar”.

A afirmação II está correta. A palavra “cerebrina” é adjetivo formado a partir do acréscimo do sufixo “ina” ao substantivo “cérebro”.

A afirmação III está incorreta. De fato, a palavra “misticismo” é um substantivo formado a partir do acréscimo do sufixo “ismo” ao adjetivo “místico”. No entanto, a palavra “evangelização” é substantivo que deriva do verbo “evangelizar”, e não de adjetivo.

Portanto, correta apenas a afirmação 2. Logo, a alternativa correta é a letra B.

QUESTÃO 7. Considere as seguintes afirmações sobre o emprego da palavra “que” no texto.

1.Na linha 7, a palavra “que” exerce a mesma função que na frase “Foram identificados os clérigos que participaram do momento de transição”.

2. Na linha 38, a palavra “que” exerce a mesma função que na frase “O clérigo sabia que aquele homem seria torturado”.

3. Na linha 44, a palavra “que” exerce a mesma função que na frase “O clérigo ficou tão colérico com o insulto que mandou prender o pobre homem”.

Quais afirmações estão corretas?

a) Apenas 1.

b) Apenas 2.

c) Apenas 3.

d) Apenas 1 e 2.

e) Apenas 2 e 3.

Comentários

A alternativa correta a ser assinalada é a letra D.

A afirmação I está correta. A palavra “que”, na linha 7, é pronome relativo. Na frase “Foram identificados os clérigos que participaram do momento de transição”, o “que” também é pronome relativo, pois retoma o termo “clérigos”.

A afirmação II está correta. A palavra “que”, na linha 38, é conjunção integrante. Na frase “O clérigo sabia que aquele homem seria torturado”, o “que” também é conjunção integrante.

A afirmação III está incorreta. A palavra “que”, na linha 44, é pronome relativo. Mas na frase “O clérigo ficou tão colérico com o insulto que mandou prender o pobre homem”, o “que” é conjunção consecutiva, que traz ideia de consequência.

QUESTÃO 8. Considere o enunciado abaixo e as três propostas para completá-lo.

“Sem acarretar mudança de significado na frase respectiva, é possível substituir _____ por _____”.

1. inspirou (I. 7) – tem inspirado

2. provasse (I. 14) – tivesse provado

3. sofreria (I. 16) – haveria sofrido

Quais propostas estão corretas?

a) Apenas 1.

b) Apenas 2.

c) Apenas 3.

d) Apenas 2 e 3.

e) 1, 2 e 3.

Comentários

A alternativa correta a ser assinalada é a letra A.

A proposta 1 está correta. Na linha 7 tem-se: “Coube a Tomás de Aquino, no entardecer da Idade Média, oferecer uma teoria crítica que inspirou os esforços para tornar útil e menos penoso o instituto da Inquisição”.

O verbo “inspirou” está no pretérito perfeito simples, enquanto “tem inspirado” está no pretérito perfeito composto, o qual indica algo que começou a ocorrer no passado e se prolonga até o presente. Veja que este é justamente o sentido do texto, pois trata de polêmicas que, até hoje, ainda são suscitadas. Isso está disposto logo na primeira oração do texto: “A Inquisição medieval ainda suscita polêmicas e discussões”. 

A proposta 2 está incorreta. Na linha 14 tem-se: “Um desses procedimentos enfatizava a submissão do acusado a um desafio para que provasse sua inocência, (…)”. Caso “provasse” seja substituído por “tivesse provado”, haveria mudança de sentido, pois “tivesse provado” indica ação hipotética e finalizada, enquanto “provasse” tem o sentido de possibilidade.

A proposta 3 está incorreta. Na linha 16 tem-se: “Afinal, Deus haveria de interceder como em um milagre e a pessoa não sofreria as consequências do desafio imposto pelo ordálio”. O termo “haveria sofrido” está no futuro do pretérito composto, significando uma ação finalizada. Logo, a pretendida substituição alteraria o sentido da frase, pois “sofreria” é uma ação hipotética.

QUESTÃO 9. Assinale a alternativa que apresenta os sinônimos mais adequados para as palavras “encômios” (I. 8), “ensanchas” (I. 23) e “conjuntura” (l.47).

a) enaltecimentos – oportunidades – circunstância

b) enaltecimentos – dissensões – ensejo

c) dileções – dissensões – ensejo

d) dileções – oportunidades – ensejo

e) dileções – dissensões – circunstância

Comentários

A alternativa correta a ser assinalada é a letra A.

De acordo com o dicionário, “encômio” significa “exaltação de algo ou alguém; elogio, gabo, louvor”. Já “ensanchas” significa “escaladas, engrandecimento”. E “conjuntura” significa “combinação ou concorrência de acontecimentos ou eventos num dado momento; circunstância, situação.”

Logo, no contexto, “encômios” significa “enaltecimentos”; “ensanchas” significa “oportunidades”; e “conjuntura” significa “circunstância”.

Correta, pois, a letra A. As demais alternativas ficam automaticamente incorretas.

QUESTÃO 10. Considere o enunciado abaixo e as três propostas para completá-lo.

“Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido contextual, é possível deslocar _____.”

1. “adequadamente” (I. 9) para depois de “Aquino” (l. 8)

2. “sucessivamente” (l. 23) para antes de “eficácia” (l. 22)

3. “finalmente” (I. 44) para depois de “delitos de heresia” (l. 44-45)

Quais propostas estão corretas?

a) Apenas 1.

b) Apenas 2.

c) Apenas 3.

d) Apenas 1 e 3.

e) Apenas 2 e 3.

Comentários

A alternativa correta a ser assinalada é a letra D.

A proposta 1 está correta. Nas linhas 8 e 9 tem-se: “Entre encômios e refutações, Aquino soube delinear adequadamente o alcance e os limites dos processos da Inquisição, (…)”. A alteração pretendida não gera erro gramatical nem mudança no sentido contextual. Veja como ficaria: “Entre encômios e refutações, Aquino, adequadamente, soube delinear o alcance e os limites dos processos da Inquisição, (…)”. Note que o advérbio “adequadamente” continua se referindo ao termo “soube delinear”; em outras palavras, não houve mudança de referente.

A proposta 2 está incorreta. Nas linhas 22 e 23 tem-se: “Os costumes e procedimentos ordálios tiveram sua eficácia contestada e sucessivamente enfraquecida (…)”. A alteração pretendida gera mudança no sentido contextual. Veja como ficaria: “Os costumes e procedimentos ordálios tiveram sua eficácia sucessivamente contestada e enfraquecida (…)”. Note que o advérbio “sucessivamente” deixa de se referir ao termo “enfraquecida”, e passa a se referir ao termo “contestada”; logo, houve mudança de referente e, portanto, de sentido.

A proposta 3 está correta. Nas linhas 44 e 45 tem-se: “O primeiro era o braço eclesiástico, que inquiria, corrigia e finalmente julgava os delitos de heresia”. A alteração pretendida não gera erro gramatical nem mudança no sentido contextual. Veja como ficaria: “O primeiro era o braço eclesiástico, que inquiria, corrigia e julgava os delitos de heresia, finalmente”. Note que o advérbio “finalmente” continua se referindo ao mesmo verbo, ou seja, “julgava”; em outras palavras, não houve mudança de referente.

QUESTÃO 11. Considere as três propostas de alteração no emprego de vírgulas elencadas na coluna da esquerda; e, na da direita, as respectivas justificativas em relação a essas propostas.

PROPOSTAJUSTIFICATIVA
1. Inserir uma vírgula antes do segmento “e a pessoa” (I. 16).Trata-se de orações coordenadas unidas pela conjunção e com sujeitos e predicados diferentes, o que faculta o emprego da vírgula no contexto.
2. Substituir as vírgulas que isolam o segmento “ao contrário do que se possa imaginar” (I. 21) por travessões.Trata-se de segmento intercalado com valor explicativo, de esclarecimento, de observação suplementar; neste caso, as vírgulas podem ser substituídas por travessões.
3. Suprimir as vírgulas que isolam “pois” (I. 43).Trata-se de conjunção conclusiva que exerce no contexto função de marcador discursivo; neste caso, o uso das vírgulas é opcional.

Quais propostas e respectivas justificativas estão corretas?

a) Apenas 1.

b) Apenas 2.

c) Apenas 3.

d) Apenas 1 e 2.

e) Apenas 2 e 3.

Comentários

A alternativa correta a ser assinalada é a letra A.

A proposta 1 está correta. Veja o trecho da linha 16: “Deus haveria de interceder como em um milagre e a pessoa não sofreria as consequências do desafio imposto pelo ordálio”. Ao inserir a vírgula proposta, ter-se-á duas orações coordenadas unidas pela conjunção “e”, com sujeitos e predicados diferentes.

A proposta 2 está incorreta. Veja o trecho da linha 21: “Contudo, a prática dos ordálios, ao contrário do que se possa imaginar, passou a ser amplamente refutada pela Igreja”. O segmento “ao contrário do que se possa imaginar” não tem valor explicativo, e sim sentido de comparação. Logo, a justificativa está incorreta.

A proposta 3 está incorreta. Veja o trecho da linha 21: “A Inquisição constituiu-se, pois, pela reunião do tribunal do Santo Ofício com o tribunal civil”. Não é possível suprimir as vírgulas, porque o termo “pois”, quando deslocado, possui vírgulas obrigatórias.

QUESTÃO 12. Com relação ao emprego de preposições no texto, considere as afirmações abaixo.

1. A substituição de “ofensa” (l. 29) por “afronta” tornaria desnecessário o emprego da crase antes de “onipotência de Deus” (l. 29).

2. A substituição de “próprio” (l. 37) por “inerente” manteria o emprego de “da” antes de “convivência social” (l. 37).

3. A substituição da combinação “pela” (I. 43) por “por meio da” manteria o sentido contextual

Implicado.

Quais afirmações estão corretas?

a) Apenas 1.

b) Apenas 2.

c) Apenas 3.

d) Apenas 2 e 3.

e) 1, 2 e 3.

Comentários

A alternativa correta a ser assinalada é a letra C.

A afirmação 1 está incorreta. O termo “afronta” pede a preposição “a”. Esta preposição, somada ao artigo “a”, referente à palavra “onipotência”, contrai-se em crase, obtendo-se “à”.

A afirmação 2 está incorreta. O termo “próprio” pede a preposição “de”; já o termo “inerente” pede a preposição “a”. Logo, a preposição mudaria. 

A afirmação 3 está correta. Os termos “pela” e “por meio da” são sinônimos; ambos trazem valor semântico de “meio”.

QUESTÃO 13. Considere a oração abaixo, adaptada do texto.

“Deus haveria de realizar milagres.”

Se a oração acima fosse transposta para a voz passiva analítica, a forma verbal resultante seria

a) haveriam de ser realizados.

b) terão de ser realizados.

c) haviam sido realizados.

d) tenham sido realizados.

e) haver-se-iam realizados.

Comentários

A alternativa correta a ser assinalada é a letra A.

Para fazer a transposição para a voz passiva analítica, acrescenta-se o verbo “ser”, que ficará no mesmo tempo verbal do verbo principal “realizar”. Veja: “Milagres haveriam de ser realizados”. Note que “haveriam” continua sendo verbo auxiliar da locução verbal, concordando com “milagres”, termo este que passou a ser o sujeito da oração.

Portanto, correta a alternativa A. As demais alternativas ficam automaticamente incorretas.

QUESTÃO 14. Considere, abaixo, três enunciados adaptados do texto.

1. Conforme a teoria crítica proposta por Tomás de Aquino, se o herege fosse julgado e castigado pela Igreja, não conseguiria nem mesmo evitar o martírio.

2. Conforme a teoria crítica proposta por Tomás de Aquino, assim que o herege foi julgado e castigado pela Igreja, não conseguira nem mesmo evitar o martírio.

3. Conforme a teoria crítica proposta por Tomás de Aquino, tão logo o herege fora julgado e castigado pela Igreja, não terá conseguido nem mesmo evitar o martírio.

Quais enunciados estão inteiramente de acordo com a norma culta?

a) Apenas 1.

b) Apenas 2.

c) Apenas 3.

d) Apenas 2 e 3.

e) 1, 2 e 3.

Comentários

A alternativa correta a ser assinalada é a letra A.

O enunciado 1 está correto. Tem-se uma condicional, no pretérito imperfeito do subjuntivo (“fosse julgado”), ligada a verbo no futuro do pretérito (“conseguiria”). Mantido, pois, o paralelismo semântico.

O enunciado 2 está incorreto. O verbo “conseguiu” não poderia estar no pretérito mais-que-perfeito (“conseguira”), pois esse tempo verbal só é utilizado quando uma ação é anterior à outra. A conjugação correta do verbo “conseguir”, na frase, seria “conseguiu”, no pretérito perfeito.

O enunciado 3 está incorreto. Observe que não há paralelismo semântico entre os tempos verbais. Na primeira oração, utilizou-se o pretérito (“fora julgado“), e na segunda oração utilizou-se o futuro do presente (“terá conseguido”). O correto seria: “Conforme a teoria crítica proposta por Tomás de Aquino, tão logo o herege fosse julgado e castigado pela Igreja, não conseguiria nem mesmo evitar o martírio.”

Instrução: As questões 15 a 20 referem-se a diferentes aspectos da norma culta da língua portuguesa.

QUESTÃO 15. De acordo com o sistema ortográfico vigente, assinale a alternativa que apresenta forma verbal acentuada INCORRETAMENTE.

a) compôs (de ‘compor’)

b) fizésseis (de ‘fazer’)

c) fôreis (de ‘ser’ e ‘ir’)

d) remói (de ‘remoer’) 

e) prevêem (de ‘prever’)

Comentários

A alternativa correta a ser assinalada é a letra E.

A alternativa A está incorreta, posto que a forma verbal está acentuada corretamente. Veja que se trata de uma oxítona terminada em “-o”, seguido de “s” (“-os”).

A alternativa B está incorreta, posto que a forma verbal está acentuada corretamente. Veja que se trata de uma paroxítona terminada em ditongo, seguido de “s” (“-eis”).

A alternativa C está incorreta, posto que a forma verbal está acentuada corretamente. Veja que se trata de uma paroxítona terminada em ditongo, seguido de “s” (“-eis”).

A alternativa D está incorreta, posto que a forma verbal está acentuada corretamente. Veja que se trata de uma oxítona terminada em ditongo aberto (“-ói”).

A alternativa E está correta, pois é a única alternativa em que a forma verbal está acentuada incorretamente. Os verbos crer, dar, ler e ver, e derivados, perderam o acento circunflexo no plural após o novo acordo ortográfico. Logo, o correto seria “preveem”.

QUESTÃO 16. Considere os seguintes enunciados.

1. O Promotor de Justiça aconselhou o servidor a evitar algazarra durante o expediente e que se dedicasse mais aos assuntos pendentes.

2. O Promotor de Justiça quis saber como que o servidor conseguiu prever de antemão o resultado do pleito.

3. O Promotor de Justiça pediu ao servidor que não só providenciasse a aquisição dos bilhetes para o transporte, como também reservasse o alojamento.

Quais enunciados estão inteiramente de acordo com a norma culta?

a) Apenas 1.

b) Apenas 2.

c) Apenas 3.

d) Apenas 1 e 3.

e) 1, 2 e 3.

Comentários

A alternativa correta a ser assinalada é a letra C.

O enunciado 1 está incorreto. Há falta de paralelismo em relação a “a evitar” e “que se dedicasse”. A primeira é uma oração reduzida, enquanto a segunda é uma oração desenvolvida. O correto seria unir oração reduzida com outra oração reduzida. Assim, a frase deveria ser escrita da seguinte maneira: “O Promotor de Justiça aconselhou o servidor a evitar algazarra durante o expediente e a se dedicar mais aos assuntos pendentes.”

O enunciado 2 está incorreto. O uso do termo “que”, logo após o termo “como”, é desnecessário, devendo ser retirado da frase.

O enunciado 3 está correto. O paralelismo utilizado está correto, pois os dois verbos (“providenciasse” e “reservasse”) estão no mesmo tempo e modo verbal (pretérito imperfeito do subjuntivo).

QUESTÃO 17. Assinale a alternativa INCORRETA com relação à regência verbal.

a) O juiz aludiu a fatos fictícios.

b) O juiz anuiu o pedido. 

c) O juiz disse que a solução do caso impendia aos advogados.

d) O juiz impronunciou o acusado.

e) O juiz claudicou na condução do depoimento.

Comentários

A alternativa correta a ser assinalada é a letra B.

A alternativa A está incorreta, posto que a regência da forma verbal está correta. O verbo “aludir” é transitivo indireto, pedindo a preposição “a”.

A alternativa B está correta, pois é a única alternativa em que a regência da forma verbal está incorreta.  O verbo “anuir” é transitivo indireto, pedindo a preposição “a”. Logo, o correto seria “O juiz anuiu ao pedido”.

A alternativa C está incorreta, posto que a regência da forma verbal está correta. O verbo “impendir” é transitivo indireto, pedindo a preposição “a”. 

A alternativa D está incorreta, posto que a regência da forma verbal está correta. O verbo “impronunciar” é transitivo direto, dispensando preposição.

A alternativa E está incorreta, posto que a regência da forma verbal está correta. O verbo “claudicar” é transitivo indireto, pedindo a preposição “em”.

QUESTÃO 18. No que se refere à concordância nominal, considere as orações abaixo.

1. O júri considerou precisa a argumentação e os esclarecimentos do Promotor de Justiça.

2. O júri considerou precisas as argumentações e os esclarecimentos do Promotor de Justiça.

3. O júri considerou precisos os esclarecimentos e a argumentação do Promotor de Justiça.

4. O júri considerou precisos as argumentações e o esclarecimento do Promotor de Justiça.

Quais estão corretas?

a) Apenas 1 e 2.

b) Apenas 2 e 3.

c) Apenas 3 e 4.

d) Apenas 1, 2 e 3.

e) 1, 2, 3 e 4.

Comentários

A alternativa correta a ser assinalada é a letra E.

A oração 1 está correta. Quando o predicativo do objeto vem anteposto aos substantivos, a concordância poderá ser com todos os substantivos, ou pode ser atrativo apenas do termo mais próximo, conforme a gramática tradicional. Logo, correta a frase “O júri considerou precisa a argumentação e os esclarecimentos do Promotor de Justiça”, pois o termo “precisa” está concordando apenas com o termo mais próximo, “argumentação”. Configurada, pois, a concordância atrativa.

A oração 2 está correta. Quando o predicativo do objeto vem anteposto aos substantivos, a concordância poderá ser com todos os substantivos, ou pode ser atrativo apenas do termo mais próximo, conforme a gramática tradicional. Logo, correta a frase “O júri considerou precisas as argumentações e os esclarecimentos do Promotor de Justiça”, pois o termo “precisas” está concordando com apenas com o termo mais próximo, “argumentações”. Configurada, pois, a concordância atrativa.

A oração 3 está correta. Quando o predicativo do objeto vem anteposto aos substantivos, a concordância poderá ser com todos os substantivos, ou pode ser atrativo apenas do termo mais próximo, conforme a gramática tradicional. Logo, correta a frase “O júri considerou precisos os esclarecimentos e a argumentação do Promotor de Justiça”, pois o termo “precisos” está concordando tanto com o termo mais próximo, “esclarecimentos”, quanto com os termos em conjunto “os esclarecimentos e a argumentação”. Configuradas, pois, tanto a concordância atrativa quanto a concordância total.

A oração 4 está correta. Quando o predicativo do objeto vem anteposto aos substantivos, a concordância poderá ser com todos os substantivos, ou pode ser atrativo apenas do termo mais próximo, conforme a gramática tradicional. Logo, correta a frase “O júri considerou precisos as argumentações e o esclarecimento do Promotor de Justiça”, pois o termo “precisos” está concordando com a totalidade dos substantivos, ou seja, com “as argumentações e o esclarecimento”. Configurada, pois, a concordância total.

QUESTÃO 19. Considere as orações abaixo.

1. Deve haver contradições importantes no depoimento do réu.

2. Deve-se falar das contradições constantes no depoimento do réu.

3. Devem estar falando das contradições abundantes no depoimento do réu.

4. Devem existir contradições interessantes no depoimento do réu.

Quais delas apresentam sujeito indeterminado?

a) Apenas 1 e 2.

b) Apenas 2 e 3.

c) Apenas 3 e 4.

d) Apenas 1, 2 e 3.

e) 1, 2, 3 e 4.

Comentários

A alternativa correta a ser assinalada é a letra B.

A oração 1 está incorreta. Não há sujeito indeterminado, e sim oração sem sujeito, pois houve utilização do verbo “haver” no sentido de “existir”.

A oração 2 está correta. A partícula “se” é índice de indeterminação do sujeito. Logo, o sujeito é indeterminado.

A oração 3 está correta. O verbo na terceira pessoa do plural, sem sujeito expresso, configura caso de sujeito indeterminado.

A oração 4 está incorreta. A locução verbal “devem existir” tem por sujeito “contradições”. Logo, não há de se falar em sujeito indeterminado.

QUESTÃO 20. Considere as três afirmações abaixo, relativas à concordância com o verbo “ser”.

1. Na oração “A novidade foram as genuínas manifestações de júbilo”, o verbo “ser” está concordando com o predicativo porque o sujeito é representado por um substantivo abstrato.

2. Na oração “Tudo de repente eram genuínas manifestações de júbilo”, o verbo “ser” está concordando com o predicativo porque o sujeito é um pronome indefinido.

3. Na oração “E isso são as genuínas manifestações de júbilo”, o verbo “ser” está concordando com o predicativo porque o sujeito tem valor enfático.

Quais afirmações estão corretas?

a) Apenas 1.

b) Apenas 2.

c) Apenas 1 e 2.

d) Apenas 2 e 3.

e) 1, 2 e 3

Comentários

A alternativa correta a ser assinalada é a letra B.

A afirmação 1 está correta. De acordo com o Manual de Redação do TRF-3, a regra é que quando o sujeito for um substantivo abstrato e o predicativo do sujeito vier no plural, a concordância do verbo de ligação será com o predicativo. Entretanto, de acordo com alguns autores, a afirmação 1 estaria errada, pois eles não reconhecem essa regra.

Em função do estilo de prova que temos aqui, acreditamos que a banca também considerará a assertiva correta. De qualquer forma, aguardemos o gabarito definitivo.

A afirmação 2 está correta. Sempre que o sujeito for pronome indefinido (“tudo”) e houver predicativo no plural, haverá concordância no plural; veja que “eram” concorda com “genuínas”. Logo, correta a frase.

A afirmação 3 está incorreta. O sujeito, na frase, é “isso”, um pronome demonstrativo. Logo, o termo não tem valor enfático.

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