Iure Marques de Sousa, servidor público autodeclarado negro, concursado pelo sistema de cota racial no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), foi reprovado pela banca de heteroidentificação do concurso da Advocacia-Geral da União (AGU).
O jovem foi aprovado nas provas objetiva, discursiva e oral, mas, na banca de heteroidentificação, não foi reconhecido como homem negro.
O que gerou estranheza é que a banca Cebraspe organizou o certame da AGU e o avaliou como apto para o sistema de cotas em 2009, quando foi aprovado para o curso de direito na (UnB).
Vale ressaltar que Iure entrou com recurso contra a decisão da banca de heteroidentificação, que também foi negado.
“Era para ser algo tranquilo. Em todas as fases, eu não tinha certeza do resultado, sempre tinha uma tensão. Mas, na banca, era o único momento em que eu tinha certeza do resultado positivo. Depois disso, fiquei toda hora olhando no espelho, reafirmando que eu sou, sim, uma pessoa negra. Não posso deixar de ser quem eu sou, filho de mulher preta, família negra, egresso do sistema de ensino público”.
A ideia de Iure é de fomentar o debate em torno das bancas de heteroidentificação e dos critérios usados por elas.
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