Regulamento do Concurso Defensoria BA é publicado; entenda as etapas

Regulamento do Concurso Defensoria BA é publicado; entenda as etapas

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O Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado da Bahia aprovou o Regulamento do IX Concurso para Ingresso na Classe Inicial I da Carreira de Defensor(a) Público(a).

A resolução organiza oficialmente todas as etapas, critérios de avaliação, matérias cobradas e regras de participação do certame. A publicação é o passo que antecede o edital, que deverá trazer datas, número de vagas e banca organizadora.

O que o concurso exige?

O ingresso na carreira exige bacharelado em Direito e, no momento da posse, mínimo de três anos de atividade jurídica. Entre as formas de comprovação, contam:

  • Exercício da advocacia com ao menos cinco atos privativos por ano;
  • Exercício de cargos com atribuição jurídica;
  • Conciliação, mediação ou arbitragem;
  • Pós-graduação concluída (contando 1 ano para especialização, 2 anos para mestrado e 3 anos para doutorado).

Além disso, há reserva de vagas para:

  • Pessoas com deficiência (5%)
  • Pessoas negras (30%) — com heteroidentificação obrigatória antes da prova oral
  • Indígenas (3%)
  • Quilombolas (2%)

Estrutura das Provas

O concurso possui quatro etapas:

EtapaTipoCaráterNotaObservação
Prova ObjetivaEliminatória e Classificatória0 a 10Exige mínimo de 25% por bloco e média mínima de 60%
Provas Discursivas (P2 e P3)Eliminatórias e ClassificatóriasCada uma vale 0 a 10Não pode tirar menos de 5 em nenhuma
Prova OralEliminatória e Classificatória0 a 10Mínimo de 5 pontos
Avaliação de TítulosClassificatóriaaté 1,0 pontoPode desempatar posições próximas

Prova Objetiva (P1): o primeiro grande filtro

A objetiva será dividida em cinco blocos temáticos, incluindo disciplinas clássicas e temas fundamentais à atuação defensorial, como:

  • Direito Antidiscriminatório
  • História e formação da população baiana
  • Direitos Humanos com foco em grupos vulneráveis
  • Legislação institucional da Defensoria

Atenção:
Para avançar, o candidato deve:

  • Acertar pelo menos 25% de cada bloco
  • E atingir 60% de média geral

Além disso, os 240 melhores candidatos seguem para a fase discursiva — mas a cláusula de barreira não se aplica a candidatos negros, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência desde que tenham alcançado as notas mínimas.

Provas Discursivas (P2 e P3): peças práticas + questões teóricas

Serão duas provas, aplicadas em dias diferentes:

P2 – Área Cível

  • Peça processual envolvendo Direitos Humanos + Cível + Processo Civil + Direito Ambiental (0 a 5 pontos)
  • Duas questões teóricas sobre Filosofia do Direito, Sociologia Jurídica e Direito Antidiscriminatório (0 a 2,5 cada)

P3 – Área Penal

  • Peça processual penal ou de execução penal (0 a 5 pontos)
  • Duas questões teóricas sobre Criminologia ou Direitos Humanos (0 a 2,5 cada)

Material permitido para consulta: somente legislação seca, sem comentários ou anotações.

Prova Oral: mais do que conhecimento

A prova será pública e avaliará:

  • Capacidade de argumentar
  • Domínio técnico
  • Linguagem
  • Segurança ao falar

A banca pode sortear temas das mesmas áreas cobradas nas fases anteriores, como:

Direito Constitucional; Direito Penal, Direito Processual Penal, Execução Penal e Criminologia; Direito Civil e Direito do Consumidor, Direito Processual Civil; Direito da Criança e do Adolescente, Direito Ambiental e Urbanístico, Direito Antidiscriminatório com ênfase nos direitos da população negra e dos povos e comunidades tradicionais.

A Prova Oral valerá 10 (dez) pontos e serão consideradas aprovadas as pessoas candidatas que obtiverem nota igual ou superior a 5 (cinco)

Avaliação de Títulos (P5) – Pequena pontuação, grande diferença

Mesmo valendo apenas 1 ponto, essa etapa pode ser decisiva.
Pesam:

  • Exercício de funções jurídicas
  • Magistério superior
  • Mestrado, doutorado, especialização
  • Livros e artigos publicados
  • Experiências defensoriais e sociais

Confira todos os títulos que valerão pontos!

O que pode passar despercebido e faz diferença:

  • A prova objetiva exige equilíbrio entre blocos — não adianta dominar penal e “deixar cair” sociologia ou direitos humanos.
  • A banca dará destaque a temas identitários e vulnerabilidades sociais, alinhados à missão da Defensoria.
  • O edital permitirá uso de legislação seca nas discursivas, então a organização do material com antecedência é crucial.
  • A cláusula de barreira não vale para candidatos das cotas, mas o desempenho mínimo continua obrigatório.
  • A prova oral será filmada para efeito de transparência.

Saiba mais: Concurso DPE BA Defensor

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