ERRADO.

É possível a cobrança judicial de duplicata aceita por presunção, quando (art 15, II, Lei 5.474/68):

haja sido protestada;
esteja acompanhada de documento hábil comprobatório da entrega e recebimento da mercadoria; e
o sacado não tenha, comprovadamente, recusado o aceite.

Explicando melhor, vale observar que na duplicata o ACEITE é obrigatório, podendo ser das seguintes espécies:

Expresso: aquele realizado no próprio título.
Presumido: ocorre quando o devedor (comprador) recebe as mercadorias do credor (vencedor) SEM fazer qualquer reclamação.

Justamente nessa última hipótese, havendo a recusa do aceite, a duplicata deve ser protestada mesmo no caso de cobrança contra o sacado (comprador das mercadorias e devedor principal).

Nesse caso, como não houve aceite expresso, exige-se cumulativamente o protesto E o comprovante de entrega das mercadorias ou prestação do serviço (art 15, II, Lei 5.474/68).

Art 15, Lei 5.474/68. A cobrança judicial de duplicata ou triplicata será efetuada de conformidade com o processo aplicável aos títulos executivos extrajudiciais, de que cogita o Livro II do Código de Processo Civil, quando se tratar:

l - de duplicata ou triplicata aceita, protestada ou não;

II - de duplicata ou triplicata não aceita, contanto que, cumulativamente:

a) haja sido protestada;

b) esteja acompanhada de documento hábil comprobatório da entrega e recebimento da mercadoria; e

c) o sacado não tenha, comprovadamente, recusado o aceite, no prazo, nas condições e pelos motivos previstos nos arts. 7º e 8º desta Lei.

Portanto, haverá diferença quanto ao tipo de aceite, quando da execução da duplicata.

havendo o aceite expresso, já será título suficiente para ser executada.
havendo o aceite presumido, exige-se cumulativamente o protesto E o comprovante de entrega das mercadorias ou prestação do serviço.

Súmula 248, STJ. Comprovada a prestação dos serviços, a duplicata não aceita, mas protestada, é título hábil para instruir pedido de falência.