“No meio da década de 20, quando o automóvel tinha feito sua aparição com força total, caminhar pelas grandes avenidas européias era sair para ser __________ da rua pelo tráfego. “Foi como se o mundo tivesse subitamente enlouquecido”, dizem as pessoas quando fazem referência a essa época. O homem sentia-se diretamente ameaçado e vulnerável. “Deixar nossa casa significava que, uma vez cruzada a soleira da porta, nós estávamos em perigo e podíamos ser mortos pelos carros que passavam.” Chocadas e desorientadas, as pessoas comparavam a rua de então com a de sua juventude: “ A rua nos pertencia: cantávamos nela, discutíamos nela, enquanto os cavalos e veículos passavam suavemente”. A rua era, portanto, pouco tempo antes, o espaço que acolhia os homens, que lhes permitia se moverem ....... vontade, em um ritmo que podia acolher tanto as ___________ quanto a música; homens, animais e veículos coexistiam pacificamente ....... uma espécie de paraíso urbano. Acontece que esse idílio terminou, as ruas passaram a pertencer ao tráfego, e o homem sobreviveu a esse tipo de mudança. Depois de esquivar-se e lutar contra o tráfego, acabou identificando-se por inteiro com as forças que o estavam pressionando. O homem da rua incorporou-se ao novo poder, tornando-se o homem no carro.
A perspectiva desse novo homem no carro gerou uma nova concepção de rua, que passou a orientar os planejamentos urbanos daí por diante. ‘Numa rua verdadeiramente moderna’ – diziam, então, os especialistas – ‘nada de pessoas, _________ as que operam ...... máquinas, nada de pedestres desprotegidos e desmotorizados para retardar o refluxo’.”
Curso Prático de LÍNGUA, LITERATURA & REDAÇÃO, Ernani & Nicola, 3, editora scipione.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas de linha contínua no texto