(Gabarito: alternativa B)

A questão trata de atos realizados nos títulos de crédito, estando estes regulados no Código Civil, a partir do art. 887, e também em legislação especial (como a Lei Uniforme de Genebra - LUG, incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro pelo Decreto 57.663/66).

Vale observar que as disposições do Código Civil, em princípio, não se aplicam aos títulos de crédito próprios/típicos, que possuem legislação especial; essas disposições serão aplicadas aos títulos de crédito impróprios ou inominados.

São ATOS CAMBIÁRIOS manifestados nesses títulos de crédito:

aval: o avalista garante o cumprimento da obrigação do avalizado
protesto: ato formal pela qual se comprova o descumprimento de uma obrigação (art. 1º, Lei 9.492/97)
aceite: ato pelo qual o sacado em uma letra de câmbio acata a ordem de pagamento dada pelo sacador (vale observar que na letra de câmbio o aceite é facultativo, enquanto na duplicata o aceite é obrigatório)
endosso: que pode ser próprio ou impróprio.

O endosso PRÓPRIO transfere o crédito e também efetiva a garantia do seu pagamento contra o endossante, que se torna coobrigado ao pagamento.

Enquanto o endosso PRÓPRIO transfere o direito constante do título, o endosso IMPRÓPRIO apenas legitima a posse de alguém sobre o título.

Há ainda:

Intervenção: ato pelo qual um terceiro aceita ou paga o título de outrem (Art. 34, Decreto 2.044/1908).
Saque: o ato de emissão de um título de crédito, feito pelo sacador, que por isso se torna coobrigado (Art. 1, Decreto 2.044/1908).

Na letra de câmbio, feito o saque (emissão do título), caberá ao beneficiário (credor) procurar o sacado para aceite, caso em que se este aceitar, tornar-se-á o devedor principal, sendo o sacador coobrigado pelo título.

A fiança não é ato cambiário, sendo ato civil por meio do qual o fiador garante uma obrigação do afiançado (art. 818, CC).