(Gabarito: alternativa C)

A questão trata dos títulos de crédito, estando estes regulados no Código Civil, a partir do art. 887, e também em legislação especial (que trata dos títulos de crédito próprios).

São PRINCÍPIOS que regem os títulos de crédito:

Cartularidade: a posse da cártula é necessário para o exercício do direito contido no título;
Literalidade: o título vale pelo que nele está escrito;
Autonomia: o título é um documento autônomo, livre da relação que lhe deu origem.

Dentro do princípio da autonomia, há o princípio da ABSTRAÇÃO, segundo o qual, quando o título circula, ele se desvincula da relação que lhe deu origem.

Assim, por exemplo, quando “B” endossa o título de crédito para “C”, fazendo-o circular, tal título se desvinculou da operação que lhe deu origem (ex: a compra e venda de uma impressora).

Para parte da doutrina, a abstração não é característica essencial de todos os títulos de crédito, NÃO existindo a abstração nas DUPLICATAS, de modo que estas estão sempre estar atreladas ao negócio que lhe deu origem.

A característica da abstração é encontrada no parágrafo único do art. 891, CC, que dispõe que não pode o devedor recusar o pagamento do título apresentado por terceiro de boa-fé, sob o argumento de que o título foi preenchido abusivamente pelo beneficiário.

Art. 891, CC. O título de crédito, incompleto ao tempo da emissão, deve ser preenchido de conformidade com os ajustes realizados.

Parágrafo único. O descumprimento dos ajustes previstos neste artigo pelos que deles participaram, não constitui motivo de oposição ao terceiro portador, salvo se este, ao adquirir o título, tiver agido de má-fé.

PORTANTO, dentre os títulos de crédito apresentados na questão, NÃO há abstração na DUPLICATA, sendo que estas estão sempre atreladas ao negócio que lhe deu origem.