TEXTO III: Razão de ser
Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?
(Paulo Leminski. Melhores poemas de Paulo Leminski. Seleção Fred Góes e Álvaro Marins. 4.ed. São Paulo: Global, 1999. p. 133.)
Os versos “A aranha tece teias.” e “O peixe beija e morde o que vê.”, estabelecem a seguinte relação com as ideias do
poema: