CORRETA.

Inicialmente, é importante frisar que a questão foi elaborada na vigência do CPC/73, o qual previa como condições da ação a legitimidade, o interesse e a possibilidade jurídica do pedido (art. 267, inciso VI):

Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito:

(...)

Vl - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual;

Entretanto, a possibilidade jurídica do pedido não é mais considerada condição de ação, nos termos do CPC de 2015. Tal concepção era defendida por Liebman, que, ainda na 3ª Edição de seu Manual, havia excluído a possibilidade jurídica como uma das condições da ação.

Naquele contexto, considerava-se impossibilidade jurídica a manifesta incompatibilidade do pedido com o ordenamento jurídico vigente, o qual vedava a pretensão veiculada pelo autor.

O CPC/15, por seu turno, confere tratamento diverso à situação, determinando que quando constatada a impossibilidade jurídica do pedido, o juiz deve proferir sentença com resolução de mérito, julgando improcedente o pleito formulado, possivelmente na modalidade de improcedência liminar.

Por fim, destaque-se que o Novo CPC prevê apenas duas condições da ação em seu art. 17:

Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.

A legitimidade de agir é a pertinência subjetiva da demanda. Nesse âmbito, é preciso haver atenção para não confundir a legitimidade ad causam com a capacidade processual ou legitimação ad processum, visto que tal diferenciação, por vezes, é cobrada em prova.

A legitimidade ad causam, conforme apontado, é uma condição da ação. A legitimidade ad processum, por seu turno, é um pressuposto processual que consiste na aptidão para a prática de atos processuais.

O interesse de agir ou interesse processual é a necessidade, a utilidade e a adequação do provimento jurisdicional para satisfazer um a pretensão da parte. Essa é a concepção dominante que trata do interesse de agir com o um trinômio, embora existam decisões judiciais, do STJ, que o consideram com o um binômio, composto pela necessidade e pela utilidade.

Portanto, verifica-se que a questão encontra-se desatualizada, sendo certo que, de acordo com o novo CPC, está INCORRETA.