A alternativa CORRETA é a letra E: participação em receptação.

A questão exige conhecimento doutrinário acerca do crime de receptação previsto no art. 180, caput, do CP.

A RECEPTAÇÃO DOLOSA é dividida em duas partes: RECEPTAÇÃO PRÓPRIA e RECEPTAÇÃO IMPRÓPRIA.

A RECEPTAÇÃO PRÓPRIA está prevista na primeira parte do art. 180, caput: “Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime...”

A RECEPTAÇÃO IMPRÓPRIA está tipificada na segunda parte do mesmo dispositivo: “ou influir para que terceiro, de BOA-FÉ, a adquira, receba ou oculte...”

O elemento chave para responder corretamente a questão é perceber que o enunciado menciona a expressão “MÁ-FÉ” ao se referir ao terceiro a quem o agente influi.

Dessa forma, esquematizando, temos:

- Quem adquire de MÁ-FÉ coisa que sabe ser produto de crime responde pelo tipo do art. 180, caput, primeira parte: RECEPTAÇÃO PRÓPRIA;

- Quem influi para que terceiro de BOA-FÉ adquira, receba ou oculte coisa que sabe ser produto de crime pratica a infração prevista no art. 180, caput, segunda parte: RECEPTAÇÃO IMPRÓPRIA;

- Quem influi para que terceiro de MÁ-FÉ adquira, receba ou oculte coisa que sabe ser produto de crime é PARTÍCIPE do crime de RECEPTAÇÃO PRÓPRIA prevista no art. 180, caput, primeira parte.