Quando a chuva cessava e um vento fino franzia a
tarde tímida e lavada, eu saía a brincar pela calçada,
nos meus tempos felizes de menino.
Fazia, de papel, toda uma armada; e, estendendo o
meu braço pequenino, eu soltava os barquinhos, sem
destino, ao longo das sarjetas, na enxurrada…
Fiquei moço. E hoje sei, pensando neles, que não são
barcos de ouro os meus ideais: são feitos de papel, são
como aqueles, perfeitamente, exatamente iguais… –
Que os meus barquinhos, lá se foram eles! Foram-se
embora e não voltaram mais.
Guilherme Almeida
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e
as falsas ( F ).
( ) A acentuação nas palavras “pretérito”, advérbio”
e “saía” justificam-se pelas seguintes normas: palavra paroxítona, palavra proparoxítona terminada em ditongo crescente e “i” do hiato, respectivamente.
( ) Se a frase “Fiquei moço” fosse passada para o
futuro do presente, teríamos a seguinte construção: “ Ficarei moço”.
( ) “Armada” é antônimo de “frota”.
( ) Se na frase “ um vento fino franzia a tarde
tímida e lavada”, o verbo “franzir” fosse trocado por “sacudir”, obrigatoriamente a expressão “a tarde” deveria ser escrita assim: “à tarde”, ou seja, com o sinal indicativo da crase no “a” que seria a contração do artigo “a” com a preposição “a”.
( ) Os ideias de menino do narrador do texto são
comparados a barcos de papel, ou seja, se desfizeram, não foram perenes.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta,
de cima para baixo.