CORRETA.

A multa é uma espécie autônoma de pena, conforme art. 32 do CP.

Das espécies de pena

Art. 32 - As penas são:

I - privativas de liberdade;

II - restritivas de direitos;

III - de multa.

Não se trata, portanto, de pena restritiva de direitos, mas de espécie de sanção penal que consiste no pagamento de valor fixado em dinheiro ao Fundo Penitenciário.

OBS.: Com relação à legitimidade para a execução da pena de multa, cabe destacar o entendimento sumulado do STJ acerca do tema e, ainda, o mais recente entendimento do STF.

O STJ possui entendimento sumulado no sentido de que, sendo dívida de valor, a multa passa a ter caráter civil. Logo a legitimidade é da Procuradoria da Fazenda:

Súmula 521, STJ :

"A legitimidade para a execução fiscal de multa pendente de pagamento imposta em sentença condenatória é exclusiva da Procuradoria da Fazenda Pública."

Entretanto, recentemente, o STF decidiu, em ADI, que o Código Penal, ao estabelecer que a cobrança da multa pecuniária ocorrerá segundo as normas de execução da dívida pública, não exclui a legitimidade prioritária do Ministério Público para a cobrança da multa na vara de execução penal, tendo em vista que a multa continua tendo caráter de pena.

A questão de ordem foi resolvida no sentido de assentar a legitimidade do Ministério Público para propor a cobrança de multa com a possibilidade de cobrança subsidiária pela Fazenda Pública, se o primeiro não a promover no prazo de 90 dias.