Maurício é correntista do Banco Brasileiro, e possui um cartão de crédito e débito da instituição. Em 17 de julho de 2020, ele foi contatado por telefone por Miguel, que se identificou como funcionário do Banco, e disse que estava ligando para confirmar algumas transações efetuadas em seu cartão e que pareciam ser suspeitas.
Maurício desconfiou que pudesse ser fraude e solicitou que o representante do banco confirmasse seus dados, o que foi feito, sendo confirmados todos os seus dados pessoais, como CPF, data de nascimento, endereço e ainda os quatro últimos dígitos do cartão. Confirmadas as informações, ele questionou o motivo da ligação e foi informado que algumas transações não condizentes com o seu perfil foram efetuadas em seu cartão na cidade de Guarapari (ES) e foram negadas pelo banco, por questões de segurança. Maurício negou, então, ter feito as transações e solicitou o cancelamento feito pelo banco.
O funcionário disse que, para fazer esse cancelamento, precisaria de duas providências do consumidor que ele digitasse a senha do cartão no teclado do telefone e que devolvesse o cartão ao banco. Maurício, então, digitou a senha, mas disse que não seria capaz de devolver o cartão naquele instante. Em resposta, o atendente informou que enviaria um motoboy até a sua residência para recolher o cartão. Enviado o motoboy, ele entregou o cartão.
Ocorre que tudo isso era um golpe. Com o cartão e a senha, a organização criminosa efetuou diversas compras em nome de Maurício, causando-lhe R$ 3 mil de prejuízo. Ele, então, ajuizou ação de inexigibilidade de débito cumulada com indenização por danos materiais e morais contra o Banco.
Diante dessa situação, é correto afirmar: