GABARITO. LETRA A.

Nas lições da doutrina, obrigação pode ser conceituada como:

"a relação jurídica transitória, estabelecendo vínculos jurídicos entre duas diferentes partes (denominadas credor e devedor, respectivamente), cujo objeto é uma prestação pessoal, positiva ou negativa, garantido o cumprimento, sob pena de coerção judicial". (FARIAS;ROSENVALD, 2017, p. 35)

Percebe-se assim, ao se firmar uma obrigação, busca-se o adimplemento. É dizer: o seu cumprimento. Esse adimplemento pode ser:

(i) direto (stricto sensu);
(ii) indireto (lato sensu).

Vejamos como isso é abordado pela doutrina:

Do exposto, extrai-se que o pagamento stricto sensu (ou direto) é realização pontual da prestação pelo devedor, com satisfação dos interesses objetivos do credor. Em contrapartida, o pagamento lato sensu é qualquer outra forma de satisfação do credor, mesmo que efetuado coativamente pela via executiva ou através de ato de terceiro. A expressão pagamento indireto remete justamente a outras vias de satisfação do credor, que não o pagamento stricto sensu (consignação, dação) (FARIAS; ROSENVALD; 2017, p. 414).

A questão exigia do candidato justamente o conhecimento das diferenças. Bastava, portanto, saber que o pagamento é a única forma direta de extinção da obrigação. Vejamos:

Pagamento direto (stricto sensu):

Pagamento; (arts. 304 a 333)

Formas indiretas de pagamento:

Pagamento em consignação (Arts. 334 a 345);
Pagamento com sub-rogação (arts. 346 a 351);
Imputação do pagamento (art. 352 a 355);
Dação em pagamento; (arts. 356 a 359)
Novação (arts. 360 a 367);
Compensação (arts. 368 a 380)
Confusão (arts. 381 a 384);
Remissão (arts. 385 a 388);

Referência: FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil: obrigações. 11. ed. Salvador: Juspodivm, 2017.