ERRADA.

Alternativa incorreta, porque a partir do momento em que houve encomenda da coisa alheia móvel, ocorreu verdadeira autoria intelectual de quem encomendou. Sendo assim, havendo a soma de vontades de ambos os agentes, pretendendo o mesmo resultado (subtração da coisa alheia móvel), ocorre a pratica do furto qualificado, previsto no art. 155, §4º, IV do CP. Vejamos:

Furto

Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Furto qualificado

§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:

IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.

Repare que na receptação, a pessoa que adquire a coisa produto de crime não adota comportamento para a sua prática. Apenas sabe que a coisa é produto de crime e resolve adquiri-lá assim mesmo. Exemplo: Tício vai até José com um celular e diz: "Zé, furtei esse celular de uma idosa ali na esquina. Quer comprar?". Se José comprar o celular, cometerá o crime de receptação. Note, portanto, que José em nenhum momento participou do furto cometido por Tício.

A receptação é prevista no art. 180 do CP. Vejamos:

Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.