CORRETA.

O princípio da territorialidade está previsto no art. 5º do Código Penal:

Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional.

§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.

§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.

O princípio da territorialidade é o principal vetor no estudo da aplicação da lei penal no espaço. Segundo ele, a intervenção punitiva estatal é válida nos limites territoriais nacionais, sendo irrelevante, para aplicação da lei penal, a nacionalidade dos sujeitos ativo e passivo do crime. Entende-se que o ordenamento jurídico brasileiro adotou o princípio da territorialidade temperada, em razão da possibilidade de eficácia de normas estrangeiras em determinadas situações, quando previstas em "convenções, tratados e regras de direito internacional".

Entretanto, é preciso ter conhecimento de que o conceito de território, para fins penais, não coincide com o seu aspecto geográfico, uma vez que possui natureza jurídica. É por essa razão que o art. 5º, §1º, do CP construiu a ideia de território por extensão, visando a afirmação da soberania nacional sobre "as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem", motivo pelo qual essa alternativa está correta.

Perceba que o conceito de território por extensão NÃO abrange a sede da representação diplomática em território estrangeiro, por ausência de previsão legal.