O item está errado.

A ação popular se presta à tutela de interesses difusos, tornando seu objeto mais restrito que o da ação civil pública (difusos, coletivos e individuais homogêneos).

Ainda, pode abordar apenas direitos difusos de quatro espécies: patrimônio público, moralidade administrativa, meio ambiente e patrimônio histórico-cultural.

Dispõe o art. 5º, LXXIII, da CF: “Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência”;

Na Ação Popular, o Ministério Público atuará necessariamente como custos legis, emitindo pareceres e sendo intimado de todos os atos depois de ouvidas as partes.

Dispõe o artigo 6º, §4º, da Lei de Ação Civil Pública – Lei n. 4.717/1965: O Ministério Público acompanhará a ação, cabendo-lhe apressar a produção da prova e promover a responsabilidade, civil ou criminal, dos que nela incidirem, sendo-lhe vedado, em qualquer hipótese, assumir a defesa do ato impugnado ou dos seus autores.

O Ministério Público só não pode exercer a defesa dos atos impugnados ou de seus autores. Ainda, como já dissemos, o MP pode assumir a ação popular, caso o legitimado ativo dela desista ou faleça (art. 9º). Também, caso o legitimado ativo não execute a sentença, o Parquet poderá fazê-lo no prazo de 30 dias (art. 16).

Veja que esse dispositivo o coloca como legitimado subsidiário para executar sentença coletiva caso o autor não o faço, visto que vigora o princípio da indisponibilidade absoluta da execução no processo coletivo. Além disso, o MP tem legitimidade para recorrer (art. 19).

Conforme decidiu o Supremo Tribunal Federal no julgamento da Pet. n. 5856 em AgR: “O STF não possui competência originária para processar e julgar ação popular, ainda que ajuizada contra atos e/ou omissões do Presidente da República. A competência para julgar ação popular contra ato de qualquer autoridade, até mesmo do Presidente da República, é, via de regra, do juízo de 1º grau”. STF. Plenário. Pet 5856 AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 25/11/2015 (Info 811).

Fonte: Estratégia Carreira Jurídica. Curso para Advogado do CEMIG. Direito Processual Civil - Prof.: Rodrigo Vaslin. Aula 16.