A teoria finalista da ação, contrapondo-se à teoria causalista ou clássica, foi formulada na Alemanha por Hans Welzel na década de 1930 e adotada no Brasil, estabelecendo no conceito analítico tripartite de crime (fato típico, ilícito e culpável) o estudo do dolo e da culpa na tipicidade.

São diversas as teorias acerca da constituição de crime, prevalecendo no Brasil, atualmente, em relação à tipicidade, a teoria finalista. Para as teorias anteriores, a tipicidade era meramente descritiva, não comportando a efetiva vontade do agente. A conduta era apenas o movimento externado pelo agente criminoso, analisado de forma objetiva, razão pela qual a vontade (dolo ou culpa) deveria ser analisada na culpabilidade.

Com a nova teoria trazida por Welzel, passou-se a considerar a ação humana como movimento corpóreo, no entanto, dirigida a uma finalidade. Assim, a conduta humana deveria ser considerada em sua integralidade, tanto em seu aspecto externo, quanto interno (vontade). Dessa forma, para a teoria finalista da ação, haveria necessidade de análise do dolo ou culpa dentro da própria conduta, passando a ser ela um elemento subjetivo que deveria ser estudada na tipicidade.

A partir de então, deslocou-se a análise do dolo e da culpa da culpabilidade para ser estudada na tipicidade.

O gabarito da resposta é a assertiva A.